A seleção do Mano Menezes empatou neste sábado miseravelmente com o time do Palocci, a Seleção Laranja. O marasmo foi tal que até agora ninguém se lembra de quem fez o primeiro zero. Foi um jogo bem assim como a "entrevista" que o Rei Midas deu para TV Globo: não acrescentou nada. Só serviu para abalar o presígio.
Pois é isso. A torcida que pagou os tubos para entrar no Serra Dourada, não esperava que o Brasil fosse jogar um amistoso contra os sócios do Calocci. Quando viu, o gramado estava cheio de laranjas.
Impressionante como a torcida brasileira conhece a letra do Hino Nacional. Sabe de cor a primeira parte e canta salteado a segunda: lá, lá, rá, lá, lá, lá rá, lá, lá, lá, rá, lá...
Mano Menezes não deu sorte. Ramires se machucou no primeiro minuto de bola rolando. Mas logo se recuperou e voltou em seguida.
O zagueirão Lúcio jogou como se o treinador do Brasil ainda fosse o Dunga.
Quando a turma já estava pegando no sono, Neymar soltou um merengue para Robinho que, atrapalhado pelo cabelo new wave, serviu a Ramires: gol! Ainda bem que eles estava impedido. Já pensou, gol de Ramires?!? Não sairia nunca mais desse time.
Daniel Alves errou mais da metade dos lances que tentou. O cara nem parece que joga no Barcelona.
Aos 20 minutos, mais ou menos, a Holanda perdeu um gol que até o Fred faria. Os laranjas trocaram passes de cabeça dentro da pequena área brasileira. A defesa do Brasil mostrou que não aprendeu nada na Copa da África.
Já aos 30 minutos dava para ver nitidamente: a única diferença entre Mano Menezes e Dunga é o estilo das camisas. A filha de Mano, decerto, não é nenhuma designer.
Quem tem Mano tem medo. Quando a torcida pediu aflita para colocar o Lucas em campo, muita gente pensou que ele entraria no lugar do Neymar.
No segundo tempo o Brasil voltou bem melhor. Bem melhor que qualquer desses times latino-americanos de nome engraçado que disputam a repescagem da Libertadores.
A zaga brasileira foi, o tempo todo, a melhor dupla de ataque do time holandês.
Já que Mano não fez o que deveria fazer, Ramires deu um jeito de melhorar o meio de campo da Seleção. Foi expulso.
Mano manteve a tradição de sua brilhante trajetória na Seleção: só ganha de time ruim.
E assim, foi fácil concluir que a desclassificação do Brasil pela Holanda na Copa Jabulani, não foi culpa do Dunga. Mano Menezes, jogando em casa, não fez nada melhor. Ficou abaixo de zero.
Fora, Mano! Dunga, na Seleção!
Ass: Jorginho.
