De bobo, a gente já sabe que ele não tem nada. Ele até faz questão que todo mundo saiba disso. Ele não só é esperto, como quer que todos admirem a sua esperteza.
Hoje ele não é nada. Nada além de presidente de honra, bem remunerado, de um partido meio nanico que sozinho, sem al-Qaedas alocadas, não domina sequer 20% das bancadas da grande casa de tolerância nacional. Nem na Câmara, nem no Senado. É pouco mais que um conspirador. Sempre que pode dá um jeito de mostrar - ficando na moita - que Dilma sem ele é fraca, indecisa, não manda nada e... é mulher. Ele é, pois, um porco chauvinista por conveniência.
Tem sorte porque o PMDB adora o poder. E, porque adora, até se contenta com um vice. Desde que seja o vice mais presidente que já se viu na História do Brasil. O PMDB se contenta em ser coadjuvante desde que o parceiro tenha a caneta na mão.
Se, lá por perto de 2014, Michel Temer souber que o DEM possui mais que os menos de 20% das bancadas do Congresso que pertencem agora ao PT, podem todos ficar certos que deixa ele se divorcia do PT de lado e vai trocar alianças com o DEM ou qualquer outra sigla que tenha um pouquinho mais de votos no balaio e faça pesar a balança para as suas bandas.
Só não casa com os tucanos porque, num dado momento, o seu próprio partido acabaria com menos representantes do que o PSDB e aí não valeria a pena.
Se, no entanto, o Seu Encarnado não desencarnar até as proximidades das eleições de 2014, Temer abre os braços para outra parceria e sai de mãos dadas, rumo à cadeira de Dilma. O atucanado Aécio Neves seria para Michel Temer, o bom vice que hoje Temer é para Dilma.
Quanto ao presidente de honra do pequeno partido, sem nada mais do que a voz rouca da massa ignara que não vale uma caneta porque não sabe e nem pode assinar coisa alguma, vai ter que se dedicar a viver como o bom e rico burguês que se tornou dono da lavanderia "Palestras Enxutas" que vive passando a conversa nos melhores patrões desse mundo.