Tem um maluco aqui no Sanatório da Notícia que cansou de tentar escrever o assobio nas areias do canteiro do pátio central e agora está numa tremenda deprê. Bateu saudade dos velhos tempos e só fala no dialeto que usava quando ainda vestia calças curtas. Anda pra lá e pra cá, cafungando na nunca da gente, como se fosse o Lula ou o Michel Temer no cangote da Dilma. Só diz bobagens. Vejam só essas dez pérolas:
O1. Minha mãe era uma perfeita dona-de-casa, lustrava o chão com parquetina.
02. Volta e meia ela passava a enceradeira no piso de tacos.
03. Aquele meu vizinho era um berdamerda. Mas eu tinha pena dele, era um coitado, um João-Ninguém.
04. Ei, mãããeêêê! O caixeiro da venda trouxe a farinha.
05. No recreio, ele só gostava de brincar de parigata no banco do pátio do colégio.
06. O meu vizinho descobriu que era cornudo e tomou Tatuzinho.
07. Foi fazer um pega de Gordini e foi multado pelo pauzinho.
08. Eu sou dureza, comigo não tem parangolé.
09. Agora é tarde, Inês é morta! A vida não é sopa.
10. Esquece o que eu escrevi. Passa a borracha.