O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

13 de abr. de 2010

Dilma, Rumo ao Passado

Agora, depois do palanque ufanista em São Bernardo, Dilma pergunta com a mesma ácida ironia de sempre: "De onde tiraram que fugir da luta é se exilar?".

Fácil, da mesma mesma boca que aprendeu com Lula Da Silva o caminho de desdizer o que diz quando isso lhe convem.

Fugindo de mais um mico, Dilma - a velha guerrilheira urbana se embrenha na selva de suas próprias palavras quando diz que não foge da luta. Que luta? Isso é eleição, ou uma guerra?!?

E, no uso e abuso da primeira pessoa, Dilma pavoneia-se beligerante nesse cipoal: "Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções".

Sim, sim, até quando muda de partido; quando sai de casamentos políticos; quando troca licenciaturas por doutorados; quando transforma um pleito em batalha.

Mas quem será mesmo que vai bater, torturar, maltratar Dilma? O brasileiro é do bem, tem bala na agulha, mas não pega em armas. Até nem gosta de quem pegou em armas, ou de quem fala como se estivesse armado.

Dilma se absolve querendo emocionar: "Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam". Mas, a voz de comando logo fala mais alto: "Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco".

E assim, em pleno presente, ao invés de se dirigir para o futuro, Dilma Roucheffe toma teimosamente o rumo do passado. Nem tem outra saída mesmo.

COMENTÁRIO: Almir Duarte, vítima do AI-1
(12 de abril de 2010 12:49)
      Poucos, como você, podem se dar aos desfrute de opinar sobre essa questão de perseguição política, nos anos de chumbo. Integrei a legião dos que foram atingidos pela violência dos atos intitucionais e, em razão disso, não aceito as palavras broncas dessa carabineira, que postula, ao lado de outro inconsequente, a presidência da república.
      Com a exceção de seus amiguinhos de trincheira, comprometidos com a substituiçao de uma ditadura de direita, por outra, de extrema esquerda (muito mais de direita do que a que queriam substituir), a grande maioria dos brasileiros de ótima cepa, democratas, por excelência, não aceitam a agressão partida dessa mentirosa de currículos e, rejeitam à sua pretenção de querer chegar ao poder, com o objetivo claro de cumprir com os ditames do famigerado "Foro de São Paulo", do qual faz parte, o seu grupelho, juntamente com Hugo Chavez, irmãos Castro e outros tantos energúmenos.

      Espero que o meu editor não me exclua, pela virulência da minha ira, mas, como dizia Rui Barbosa, é a ira da mansuetude, a ira dos ofendidos. Os atingidos pela violência dos atos institucionais e dos que foram, por questão de legítima defesa, obrigados a irem para o exílio, darão a resposta que essa gentalha merece: votaremos, em massa, em José Serra, esse sim, uma espectativa de grande estadista. Aliás, Serra é um dos nossos ilustres exilados.
      In fine, reafirmamos: quem dividir palanque com Dilma Carabineira, vai sentir a dor da derrota absoluta. Podem crer.