Globo mergulha na campanha de José Serra se Clube dos 13
cumprir ameaça de negociar Brasileirão com a Record
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Por Jorge Serrão
O resultado da eleição na entidade privada que administra o pagamento de cotas de transmissão de televisão dos jogos de futebol pode influenciar diretamente na sucessão presidencial. A vitória de Fábio Koff, que ontem se reelegeu presidente do Clube dos 13, favorece a Rede Record na futura negociação de direitos de transmitir o Campeonato Brasileiro. A Rede Globo ficou enfraquecida porque apoiou a chapa do derrotado Kléber Leite – candidato de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
Nos raciocínio político, se desenhava ontem um cenário que ia muito além do noticiário ou do marketing esportivo. Se ficar sacramentado, nos bastidores, que a Globo perderá para a Record os direitos de transmissão, a família Marinho vai mergulhar de cabeça na campanha presidencial de José Serra. O motivo é simples. A Record pertence ao Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, que ainda sonha emplacar seu sobrinho, o senador Marcelo Crivella, como vice na chapa da Dilma Rousseff.
A Universal fundou e controla o PRB – partido presidido pelo atual vice José Alencar. E como Lula tem todo interesse em impedir que Michel Temer, presidente do PMDB, venha de vice da Dilma, o surpreendente acordo político com o Reino de Deus tem tudo para vingar. O problema é que Lula não quer ter a Globo contra si. Muito menos o PMDB e a Igreja Católica, que reagiria a uma candidatura a vice de Crivella. O cenário é de tensão e terror para o $talinácio.
Voltando ao marketing esportivo, o cobiçado contrato de direitos de televisão do Campeonato Brasileiro, que atualmente está em R$ 1,6 bilhão, deve ser reajustado em 60%, em 2012. A Record se compromete a cobrir qualquer proposta da Globo, e ainda oferece horários alternativos para os jogos – sabendo que a Globo não tem como mexer em sua rígida grade de programação.
RODAPÉ - No País do Futebol, até a eleição de um presidente da República se decide no tapetão. É a pátria de chuteiras. E sem bandeira.
E o Dunga que se cuide que Miguel Jorge - o discípulo de Lula, escala Ahmadinejad no ataque da seleção brasileira.
