Policiais Militares decretaram greve no Rio de Janeiro. Os policiais agora não sairão dos quartéis. Enquanto isso, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros aderiram à paralisação, mas disponibilizaram 30% do efetivo para atender apenas emergências. “Agora é com o Exército e a Força Nacional”, disse um porta-voz do movimento.
E nem precisava mais nada. Eles estão apenas exercendo o "sagrado direito de greve" preconizado pelo ícone dos assalariados maltrapilhos do Brasil, Luiz Erário Lula da Silva, no tempo em que o PT não era governo.
Não precisava mais nada, mas a PM carioca foi em frente e deu o troco à "indignação" de dona Dilma e à exacerbação de Jaques Wagner e do ministro do PT na Justiça, Zé Eduardo que botaram o bloco do Exército num Carnaval de rua lá na Bahia.
Os parlamentares cariocas, com medo da invasão da sua casa de tolerância no Rio, até tentaram tratar do aumento salarial dos policiais, mas deram com os burros n'água. A Assembléia Legislativa desta vez não será invadida e a greve foi decretada ontem à noite.
O dilema agora é que o governo não vai poder convocar o Exército de novo. É que Dilma, o prefeito e o governador do Rio já acabaram com o estoque de soldados com a permanente e pirotécnica operação no Morro do Alemão.
RODAPÉ - “A orientação é para a população não sair de casa”, alertou ontem o soldado Thiago Reis, integrante do comando do movimento. Tropa de reserva técnica do comando da PM, Bope e Batalhão de Choque também aderiram à greve, de acordo com os manifestantes, e só sairiam em caso de resgate de reféns ou policiais feridos.
