O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

28 de fev. de 2012

Completamente fora do futebol, o que é esse Brasil no mundo do Carnaval:

Completamente fora do futebol que é esse Brasil no mundo do carnaval, eis aqui Carlos Edurado Behrensodrf, de novo!!! Bola pra frente que atrás vem gente.

Os países europeus vivem uma tragédia grega
Por: Carlos Eduardo Behrensdorf
Não há como fazer de conta que a Europa continua um sonho. Ao contrário, a maioria dos países que integram a União Européia vive uma crise sem precedentes, respingando em outros continentes. Os veículos de comunicação mostram que o treme-treme é abrangente: atinge os que afundam e a Alemanha, provavelmente a única que se fortaleceu há anos, num processo gradativo pós-guerra e pós-reunificação, agora sofrendo fortes críticas dentro e fora de suas fronteiras.
Do lado de fora chegam violentas manifestações, segundo as quais a Alemanha interfere na política interna de outros países. Internamente, a chanceler Angela Merkel é criticada por usar recursos gerados com o trabalho do povo alemão, para socorrer países que dificilmente pagarão o investimento recebido.
Há quem diga que o garçom que deu um banho de cerveja na chanceler, derrubando uma bandeja com copos cheios de cerveja sobre ela (e põe copos nisso...) é descendente de gregos, o que é maldade pura.
Fiz um breve apanhado do que dizem os principais jornais alemães. Leia e divirta-se, pelo menos enquanto o pega-pra-capar europeu não atinja com suas tesouras econômicas a América do Sul.
Dito isso, vamos ao que interessa.
O ministro do Interior Hans-Peter Friedrich, integrante da coalizão de centro-direita da chanceler Angela Merkel, disse que Grécia deveria ser estimulada a deixar o euro. A declaração pipocou na imprensa germânica.
Der Spiegel transcreveu: “As chances da Grécia se regenerar e se tornar competitiva certamente são maiores fora da união monetária do que se permanecer na zona do euro. Não estou falando em expulsar a Grécia, e sim em criar incentivos irrecusáveis para sua saída”.
Pesquisa de opinião publicada no “Bild am Sonntag” mostrou que a maioria dos alemães concorda com Friedrich, que é membro da União Social Cristã (CSU), partido da Bavária associado ao partido conservador de Merkel, a União Democrática Cristã.
Em seu editorial, o “Bild” diz: “A Europa está jogando dinheiro em um poço sem fundo. A Europa só pode dominar esta crise se fizer o que a maior parte dos especialistas está pedindo há muito tempo.
 
A economia grega só pode se tornar competitiva e voltar a crescer com sua própria moeda, não com o euro forte.
O ministro de relações exteriores, Guido Westerwelle, membro do Partido Democrático Livre (FDP), que é voltado para os empresários e é parceiro júnior da coalizão de Merkel, disse ao jornal “Die Welt”: “Não entendo a especulação política sobre a Grécia sair da zona do euro. O que foi negociado e concordado deve ser aplicado, dos dois lados”.
O líder da oposição parlamentar do Partido Verde, Jürgen Trittin, chamou os comentários de Friedrich de “absurdos” e pediu que Merkel restaurasse a ordem em suas fileiras. “Me pergunto quanto tempo a chanceler vai ficar olhando o que acontece em sua coalizão”, disse ele à rádio pública “Deutschlandfunk”.

Os Sociais Democratas emitiram uma declaração dizendo: “O CSU está completamente fora de controle”.
O “Berliner Zeitung”, de esquerda, escreve: “Sejamos realistas. A Grécia não vai conseguir andar com as próprias pernas com o segundo pacote de resgate. O corte da dívida planejado não será suficiente, as reformas não estão sendo feitas, e o país está quebrando sob o peso dos programas de austeridade.”
Nem mesmo o ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, elimina a possibilidade de novos pacotes de resgate ser necessários em breve. “A Grécia não tem um instrumento importante para restaurar sua saúde: sua própria moeda. Se Atenas tivesse sua moeda, o país poderia desvalorizar seu dinheiro para se tornar mais barato no mercado mundial. Uma moeda fraca pode funcionar como um enorme estímulo econômico.”
O conservador “Frankfurter Allgemeine Zeitung” escreve: “Se a Grécia partir vai retroceder 12 anos, para o ano 2000 e quantos anos os outros membros da zona do euro voltarão no tempo?
 
Seria uma prova de que não são capazes de objetivamente avaliar o pedido de ingresso de um país na zona do euro (o que tornaria qualquer futura expansão da zona do euro questionável); que são incapazes de ajudar até mesmo um pequeno parceiro (muito menos um país maior) e que não podem tornar irreversível a realização  de suas visões políticas.”

“Isso não apenas causaria 'Schadenfreude' (palavra de origem alemã usada também em outras línguas para designar o sentimento de alegria ou prazer pelo sofrimento ou infelicidade dos outros) entre os competidores mundiais, mas levantaria a questão se o ingresso na UE é final ou se alguns países não seriam mais sábios em buscar outra direção, como Moscou ou Teerã.”

“Se a permanência na UE fosse abalada em sua fundação, essa parte do mundo não voltaria para 2011 ou 2001, mas para os anos 90, ou 80, ou até mais para trás.”

Mesmo entendendo que a situação é séria e preocupa países nos cinco continentes, não resisto a dizer uma bobagem para concluir “à brasileira”: tudo isso é grego pra mim!

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