O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

24 de fev. de 2012

CUIDADO, PERIGO!
Se o cara mete a mãe no meio toda vez que precisa conquistar a simpatia de uma plateia, tome cuidado com ele; se ele disser que a mãe nasceu pelada e analfabeta, fuja que o cara é um perigo.

Acorda, amor!

Sem mais o que fazer, Maria do Rosário inventou a Comissão da Verdade. É só uma coisa assim tipo boi de piranha. Corta fundo e joga no rio pra ver o que vai dar.

Na realidade, o cheiro de enrosco está no ar. O pepino é tão indigesto que a primeira-mulher-presidenta Dilma não se animou ainda a escolher os membros virís do duro organismo. Ainda que alguns zédirceus já tenham se oferecido para a hora da revanche.

Mesmo que nunca antes na história desse país tenha havido uma oposição tão água-morna, tão pirão-sem-sal, a banda larga que está no poder já há uma década, não quer correr qualquer risco de voltar às portas de fábricas para pedir emprego. O pessoal teria que mostrar um mínimo de aptidão para ser admitido.

Então, uma comissãozinha que mexa com os brios dos militares - mesmo que já estejamde pijama - provoca uma pronta reação e, como vem acontecendo com qualquer greve, qualquer balbúrdia em complexos de favela, ou morros que ainda não desabaram, o governo chama o Exército e a Força Nacional.

Reprodução/Div
Prende, arrebenta e se mantém impávido e colosso no palácio que ocupa com tamanho deslumbre e tão indescritível prazer que o pesadelo virou sonho. Já é hora do companheiro Chico Buarque, mano e conselheiro de Ana Cultura mudar a letra do "Acorda, amor!".Ao invés de "chama o ladrão, chama o ladrão!" canta aí "chama o quartel, chama o quartel, chama o quartel"!

E foi o que Dilma fez. Ao primeiro sinal de descontentamento da caserna, pelas declarações de Maria do Rosário e Leonora Menicucci, ela chamou Amorim, ministro de sua Defesa e mandou que ele dissesse aos militares que em boca fechada não entra mosca... Mordaça na soldadesca. Minha nossa santa criatura, que aflição!