ESCÂNDALO DO CALOCCI É PIADA DE SALÃO

Essa novela do sucesso retumbante do Programa de Aceleração do Crescimento do Patrimônio de Calocci já tem definido o happy end.

Amanhã ou depois, empurrado pela vergonheira que está fazendo Dilma passar nesses primeiros cinco meses de terceiro governo Lula, ele vai dizer o que bem entende à guisa de explicações sobre sua atividade como Rei Midas - o que transforma em ouro tudo aquilo que toca. E lhe toca.

Grandes coisas. Vai mentir ou, na melhor das hipóteses, vai omitir.

Com isso, amaina a ira dos navegadores da nau dos insensatos que querem uma CPI do Calocci.

Mais que isso, continua chefe do Barraco Civil da Presidência da República, como deseja e quer seu divino mestre, seu rei, o Seu Encarnado aquele que não desencarnou do governo.

Continua, até que o escandalo seja encaminhado ou não - claro que não - para investigação e julgamento pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ninguém mais, ninguém menos do que um eterno agradecido a Lula que o indicou para o cargo que ocupa hoje.

Essa deve ser a tal piada de salão do Delúbio Soares. Nem Jô Soares tornaria isso tudo mais engraçado. Calocci fica de Rei Midas no Barraco Civil; Dilma posa de rainha da Inglaterra e Lula segue forte e firme no pleno exercício do seu terceiro governo consecutivo.

E o povo brasileiro, por sua vez, se dobra orgulhoso por desempenhar nesse grande e deprimente circo, o papel de palhaço Tiririca. Sim, sim, Gurgel fica apenas parecendo um Jô Soares na Procuradoria-Geral da República.