O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

14 de out. de 2011

PT QUER DILMA SÓ PARA ELE

O presidente do PMDB, Valdir Raupp, e o vice-presidente Michel Temer, na próxima semana vão pedir novamente a Dilma Rousseff para ela gravar uma participação no programa eleitoral de rádio e televisão do partido que será apresentado em novembro.


A primeira cantada foi durante o Fórum do PMDB no dia 15 de setembro. Dilma respondeu então que, se não houvesse nenhum impedimento jurídico, ela gravaria.

Pois bem, não há nada na lei que a impeça. O que está botando água na fervura é o olho grosso do velho PT traíra por natureza. O partido presidido com muita honra por Lula da Silva, o Orador das Multidões, quer exclusividade da imagem de Dilma.

É coisa assim como se esses aliados todos com os quais o PT se aconchegou mediante farta distribuição de cargos e bocas-ricas servissem só para garantir-lhe o poder, mas na hora de aparecerem como governo é outro papo. São outros quinhentos. Ou mais.

Tanto é que o PT já se preveniu e arranjou a desculpa esfarrapada de que Dilma já teria recusado convites feitos por outras legendas de aluguel para bancar sua garota-propaganda. Assim é que, se a primeira-presidenta não foi coroa-propaganda de ninguém mais, a não ser do PT, seu dono, então ela não vai gravar para o PMDB também.

Não há até agora notícia alguma de que essas duas façanhas tenham acontecido: nem os convites e nem as recusas. Mas, em todo caso, o cordato e manso presidente do PMDB, Valdir Raupp já bancou o porta-voz dos conformados:

- Se for isso, a gente respeita.

Não é por nada, não. Mas esse respeitador Valdir Raupp é o mesmo que está defendendo a redução da máquina que serve ao governo Dilma, com a supressão de pelo menos 10 ministérios. O argumento é para "impedir a corrupção".

Tá bom, diminuir 10 ministérios nessa herança lulática seria excelente; acabar com todos eles, melhor ainda. Seria ótimo. A questão, no entanto, é que a proposta de Raupp é um verdadeiro replay da história do marido traído que pensa que se livrou dos chifres porque tirou o sofá da sala. Não vale a pena ver de novo.