O desleixo da fiscalização pelo descaso dos governantes não sofre nenhum dano. Eles continuam imunes e impunes, como se não fossem os verdadeiros detonadores dessas armadilhas que infestam a velha Cidade Maravilhosa.
O Rio hoje é uma arapuca urbana de riscos tão iminentes quanto um desses territórios conflagrados do Oriente Médio em que carros e crianças-bombas produzem o estrago que os bueiros e as tampas de esgoto provocam pelas ruas de maior concentração popular da eterna Capital da República.
Essas explosões já soam agora apenas como um ensaio geral do risco que está programado para duas grandes aventuras com data marcada: Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
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Aqueles que transaram em Bruxelas a realização desses mega-eventos - Lula, Orlando Tapioca, Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Ricardo Teixeira, Carlos Arthur Nuzman et caterva - deveriam realizar daqui até 2016 caminhadas obrigatórias só pelas ruas que têm bueiros no Rio.
Só isso. Nada mais que isso. Eles precisam estar em plena forma para a Copa e para os Jogos. Caminhar faz bem para a saúde. Bueiros no peito, nem tanto. Mas no mundo dos grandes negócios não há nenhum caminho sem risco.