Em novembro, um dia depois de 31 de outubro de 2002, Suzane von Richthofen chorava copiosa e dolorosamente no velório de Manfred Albert e Marísia von Richthofen.
Depois descobriu-se que ela tinha sido a mandante do assassinato frio e premeditado dos próprios pais. Foi tudo por dinheiro. Ela pegou 39 anos e seis meses de cadeia. O cinismo saiu caro.
Isso de chamar a Polícia Federal para investigar o que todo mundo já sabe é mais ou menos assim como fazia o Lampião quando descia a serra e dava baile em Cajazeiros: matava o marido da moçoilas, depois mandava flores e ia chorar no velório.
Não era nada por dinheiro. Lampião não chegou a ser preso, mas não o deixaram em pé para contar a história. A maldade teve seu preço.
Esbravejar, cantar de galo, mandar processar por injúria, calúnia e difamação aquele que - mesmo tratando-se de quem se trata - dá com a língua nos dentes, não vai desfazer jamais a imagem de um grande parque de diversões de Orlando em que foi transformado o que um dia foi o Ministério do Esporte.
Uma coisa, no entanto, é mais do que certa: como se trata de esporte por esporte, ninguém vai devolver o que pegou das burras pública e nem tampouco alguém vai preso.
A hipocrisia não cola, mas também não dá em nada.