Não adianta a revista Veja, os jornalistas José Cruz e Juca Kfouri, nem a mídia que causa azia no presidente de honra do PT, esbravejarem, provarem, matarem a cobra e mostrarem o pau contra a forma como o esporte vem sendo usado e abusado no Brasil nesses últimos quase nove anos de domínio da "estratégia de coalizão pela governabilidade".
Orlando Silva, o que foi subalterno de Agnelo Queiroz no Ministério e hoje é seu titular absoluto, faz o que quer e o que bem entende, com quem, quando e onde quiser - desde comprar tapioca no bar da esquina até receber nos intervalos caixas de papelão com dinheiro do Segundo Tempo em garagens, sem dar a mínima importância para os cartazetes de "sorria, você está sendo filmado".
Não adianta a Veja, o Cruz, o Juca, os jornalistas indignados contra as safadezas e blindagem desses rufiões de todas as modalidades espernearem. A corrupção só será varrida nesse País quando os governantes voltarem a ter medo e vergonha da população. Enquanto o poder emanar de corruptos, as vassouras só estarão nas mãos dos que ainda não perderam a capacidade de indignação. Os crápulas continuarão empunhando vistosos espanadores, feitos com penas de pavões.
O Brasil só será limpo quando essa pandilha de sevandijas for obrigada a devolver o governo ao povo. Hoje, a maioria absoluta é humilhada e desmoralizada por essa imune e impune minoria esmagadora. Não adianta, provar. Diante de acusações, evidências, provas irrefutáveis, a banda larga do crime organizado estatal será sempre a mais fria, pública e notória imagem da justiça: cega.
Cega. Surda. Coautora.