Só os culpados têm interesse na morosidade da Justiça. Homiziam-se na presunção de inocência até que todos os vestígios desapareçam.
Orlando Silva não teve audiência com Dilma ao apagar das luzes desta semana. Ele conversou Dilma. Usou com a primeira-presidenta o discurso que ela mais gosta de usar desde que pegou a faixa de Lula: - As provas, cadê as provas?!? O ministro que fez do Esporte um imenso Parque de Diversões de Orlando não se preocupa em dizer que é honesto, que não cometeu "malfeitos", ele só pede provas. Confia no seu taco.
Ontem mesmo, 25 anos depois, médicos que matavam pacientes para retirada de órgãos - presumindo eutanásia - foram condenados a 17 anos e seis meses de cadeia. A retardada decisão foi em 1ª instância. Eles vão recorrer.... Em liberdade. Daqui a 25 anos a gente se fala.
Desde 2005 corre por entre as colunas do STF o processo de Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros. Hoje, eles são presumidamente inocentes; amanhã serão certamente absolvidos por caduquice processual. E jamais irão para trás das grades, como nunca serão inocentados.
Nesse Brasil da Silva, quem presume inocência e pede provas sobre os "malfeitos" sabe muito bem que malfeitor profissional não deixa pistas.