Há quanto tempo os governos Lula e a governança Dilma desse terceiro mandato Lula não tomam conhecimento de uma greve no Brasil? Nem você nem Lula, nem Dilma são capazes de dizer ou calcular. E greve dos comerciários, por exemplo, há quantos anos você não vê? Ou no âmbito da iniciativa privada, quem fez greve nesta última década?
Greve de bancário não vale. Banco só finge que é privado, mas detém o poder de Estado e age como se fosse estatal o tempo todo. A bem da verdade, diga-se que a Caixa e o Banco do Brasil não fingem. Os outros são estatais maquiadas. Em véspera de eleição, então, nem se fala.
O que se vê mesmo no Brasil é greve de servidor público. Pior que isso, o que se vê é paralisação de serviços públicos essenciais. Gente do próprio governo, querendo cada vez mais. Chantageando o governo, parando de enviar correspondência, deixando de apagar incêndios, pouco se lixando para a ação dos bandidos na rua, ou com a segurança da população, deixando acumular o lixo nas ruas, cortando luz e água.
Serviços públicos em greve paralisam a população, penalizam o contribuinte, usam e abusam daquele que paga imposto e garante os salários de quem cruza os braços e aperta os governos seus empregadores.
Servidores públicos têm direito à indignação? Têm, sim senhor. Todo mundo é filho de Deus. A diferença é que eles são fortes e bem-nutridos porque têm centrais sindicais fortes e bem-nutridas.
Seus amigos, irmãos e líderes sindicais são assim-assim com os ministros que nomeiam, com os presidentes que elegem, com os chefes de estatais que acomodaram nas bocas-ricas. Eles não precisam marcar audiência com os donos do poder, eles se vangloriam de irem abrindo as portas e entrando...
Menos nessa hora. Na hora da greve se travestem de populares descontentes. Agem como se fossem reles trabalhadores privados. Puro jogo de cena. Toda vez que um segmento de serviço público recebe aumento salarial e outras benesses, seus chefes também estão sendo aumentados e beneficiados.
E ninguém se contenta com salário mínimo e, muito menos, com não ter plano de saúde, vale-transporte, ticket-alimentação, férias e 14° salário. Você sabe disso. Sabe, mas na hora de votar não faz greve.
RODAPÉ - Deputado e senador não fazem greve. Temem que o Brasil perceba que sem eles o País fica muito melhor.
