Mano Menezes, com a naturalidade de quem já sabia que não chegaria a lugar nenhum que não fosse o fundo do poço na Copa América, continua deitando falação e passando a lábia na bisonha crítica esportiva brasileira.
Duro para o brasileiro é saber-se refém de enroladores como esse técnico amestrado de Ricardo Teixeira que manda, desmanda, faz e acontece no futebol do Brasil. Por mais que apresente justificativas para o fracasso na medíocre Copa América, Mano Menezes tem uma trajetória na Seleção que não o deixa mentir.
JOGOS POR RAPADURA
Em10 de agosto de 2010 - Amistoso em East Rutherford (EUA) Brasil 2 x 0 Estados Unidos; 27 de outubro de 2010 - Amistoso em Abu Dhabi (UAE) Brasil 3 x 0 Irã; 11 de outubro de 2010 - Amistoso em Derby (ING) Brasil 2 x 0 Ucrânia; 17 de novembro de 2010 - Amistoso em Doha (QAT) Brasil 0 x 1 Argentina; 9 de fevereiro de 2011 - Amistoso em Paris (FRA) Brasil 0 x 1 França; 27 de março de 2011 - Amistoso em Londres (ING) Brasil 2 x 0 Escócia; 4 de junho de 2011 - Amistoso em Goiânia (BRA) Brasil 0 x 0 Países Baixos; 7 de junho de 2011 - Amistoso em Paulo (BRA) Brasil 1 x 0 Romênia. Depois das três primeiras "bóias dadas" o time de Mano se acostumou a sair de campo vaiado. E foi assim que, quase sem vencer e certamente sem convencer, chegou à Copa América.
COPA AMÉRICA
3 de julho de 2011 - La Plata (ARG) Brasil 0 x 0 Venezuela; 7 de julho de 2011 - Córdoba (ARG) Brasil 2 x2 Paraguai; 10 de julho de 2011 - Córdoba (ARG) Brasil 4 x 2 Equador; 7 de julho de 2011 -La Plata (ARG) Brasil 0 x 0 Paraguai e... Bate pé que ninguém te qué!
Apesar de todos os pesares, Dunga deu de dez a zero em Mano Menezes. Papou a maioria dos jogos por rapadura, ganhou a Copa América e só não chegou à final da Copa Jabulani porque o frangueiro Julio Cesar resolveu catar borboleta contra a Holanda na semifinal, lá na África do Sul.
A confirmação de sua pífia caminhada virá no próximo anúncio do ranking da Fifa. Aquele lugar no pódio que cinco campeonatos mundiais nos garantiam no concerto do futebol mundial é, na fala de Mano e Teixeira, seu patrão, coisa de saudosistas que não enxergam tudo que já foi "construído" pelo jeito maneiro de ser de uma seleção que não vai chegar a lugar nenhum.
Dói na alma ver uma nação inteira nas mãos de figuras como Ricardo Teixeira e Mano Menezes, um amestrado que virou amestrador de atletas e da opinião pública. Eles acabaram com o "espírito de Seleção" que tomava conta do País em dias de jogos do Brasil.
Não fazer um golzinho sequer no Paraguai em 210 minutos de jogo só não explica tudo de per si, porque a fértil imaginação desses dois proprietários do futebol brasileiro garante que, em dia de se perder quatro pênaltis seguidos, nem mesmo Deus faria gol em ninguém.
Então tá, Deus não joga mesmo futebol... "Não joga, mas fiscaliza" - já dizia o mestre Didi, bicampeão mundial. Bem que Ele pode nos livrar desse mal, amém.