O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

17 de jul. de 2011

MANO CONSEGUIU: DOIS EMPATES EM ZERO NUM JOGO SÓ!

Como tudo saiu conforme o programa cuidadosamente preparado por Mano Menezes, o Sanatório da Notícia  vai apenas discorrer sobre a misteriosa desclassificação do Brasil na Copa América, diante da imitação legítima de um time como o Paraguai. Antes de mais nada, saiba caro torcedor nativo que a indenização de Mano Menezes para sua quebra de contrato com a CBD deve ser bilionária e, claro, Ricardo Teixeira tem boa participação nisso tudo. Vamos ao que interessa:

SELEÇÃO DO MANO 0X0 PARAGUAI

Meio minuto de jogo. Adivinhe: Neymar escapou do primeiro pontapé. A gente sabia que o moicano brasileiro iria se dar mal com a tribo guarani.

Um  minuto de jogo: Lúcio dá o primeiro pontapé e "rifa" a primeira bola.

Aos seis minutos - Primeiro rebotaço de Neymar. Dá o boleio e a bola passa raspando pela inveja de Lionel Messi, já como um ilustre secador de arquibancada.

Até aqui, a seleção do Paraguai era um tribo de índios chucros e furiosos.

Aos 17 minutos, Lucas Leivas caprichou. Deu a bola na medida bem nos pés do atacante paraguaio que não entendeu e perdeu o lance.

Ramires reeditou suas piores atuações. Aos 24 minutos, um paraguaio quase desmanchou Ramires. Não teve sorte. O brasileiro escapou ileso. Azar nosso, Mano não precisou substituí-lo. De qualquer maneira, se o fizesse faria errado.

Aos 27 minutos, Ganso, Robinho e Neymar deram espaetáculo à moda velho Santos do ano passado. Neymar fez a alegria da torcida... paraguaia.

Aos 32 minutos pintou o gol do Brasil. Lúcio, como velho zagueiro, chutou a bola nas bolas do goleiro guarani que ficou assobiando uma guarânia.

Aos 37, Neymar deu um toco maldoso no lateral paraguaio que já tinha colecionado uma pilha de lenha em cima do moicano do Brasil.

Dois minutos depois, Ramires saiu do sério e acertou um merengaço para André Santos que mandou a bola lá naquilo que ele tem na cabeça.

Robinho jogou bem o jogo todo. Só errava quando acertava os passes para Ramires.

Aí, veio o intervalo. Nas arquibancadas, as lindas torcedoras paraguaias pareciam o governo brasileiro: perderam a vergonha. E tem mais, os seios pareciam falsos.

De todos os jogos de Mano Menezes, esse foi o melhor: ruim o suficiente para comemorar um duplo zero a zero. Ele deveria ter patrocínio do Band-Aid: gosta de viver perigosamente.

Aos 3 minutos do segundo tempo, o ataque do Brasil fez tudo certo. Neymar limpou a jogada e um feiticeiro da tribo gauarani botou água na fervura do caldeirão que estava na área paraguaia. Foi como se a vítima, dentro da água fervente, na hora de virar sopa gritasse: - Fiz cocô aqui!

Aos 4 minutos, o massacre continua. Os índios estão com o corpo fechado. Os mocinhos não conseguem salvar a aldeia e nem sequer beijar o véu da noiva.

Aos 10 minutos, nada demais. O Brasil tinha perdido uns quatro ou cinco gols. Isso para a seleção de Mano não é nada. Pelo contrário, é o de menos

Coisa de seis ou sete minutos depois, Robinho disparou uma flecha. Sem direção. Pegou no copo de chope do cara que estava lá no bar da esquina. Logo em seguida, Ganso deu uma bicada. O goleiro botou para escanteio.

Não demorou nadinha e Marrecos, do Paraguai, quase desmanchou Robinho na lateral do gramado. Provou que quem nasce para marreco não chega nunca a ser ganso.

Aos 35 minutos, Mano Menezes afinal cumpriu a ameaça e botou Fred no lugar de Neymar. Metade da torcida brasileira passou a torcer para o Paraguai. A outra metade contra o Brasil

Aos 39 minutos Fred - sempre ele! - cabeceia com se a bola fosse um talismã. O zagueirão feiticeiro fez outra mágica. Era só o que faltava, Fred salvar o Brasil.

Aos 44 do segundo tempo, o Paraguai estava encurralado. Ralado mesmo! Segundinhos após, o Paraguai dá seu unico chute a gol. Para tristeza do árbitro, ele não pôde dar gol.

Aos 47, Fred mostrou toda a estatura do seu futebol. Perdeu o gol no bico da pequena área e, na sequência, fim de jogo. Graças a Deus, porque o Paraguai estava contra-atacando. E lá se foi o Brasil para uma humilhante prorrogação. E sem Neymar.

Veio a prorrogação. Aos 3 minutos, meteram uma bola em profundidade para o Fred. Quando ele chegou no lance, o primeiro tempo complementar já estava quase no fim.

Foi duro ver o Brasil jogar com o Paraguai. Imagine só se fosse contra um time legítimo.

Aos 10 minutos desse início de prorrogação, Mano Menezes tirou Ganso, deixou Lucas e botou o Lucas. Um minuto após, Lucas Leivas saiu por conta própria: saiu no tapa com Alcaraz. Merecia ir para Alcatraz.

Acabou o primeiro tempo do segundo zero a zero da tarde. E recomeçou a humilhação. Neymar e Ganso, substituídos equivocadamente, nem sabem a sorte que têm de contar com um treinador como Mano Menezes. Escaparam de errar seus penaltis clamorosamente.

Aos 6 minutos do melancólico final, entrou Elano só para moralizar a cobrança de penaltis. Era o sinal da cruz que faltava para a torcida brasileira entender que tudo o que Mano Menezes mais queria era levar a decisão para as penalidades. Ele deveria ter o patrocínio da Band-Aid: gosta de viver perigosamente.

Maicon jogou o tempo todo como se fosse o Daniel Alves. E Mano foi impecável na sua interpretação de Dunga, versão engravatada.

Aos 13 minutos o Paraguai errou, de cara, o gol que Julio Cesar já estava prontinho para tomar. Aos 14, o Paraguai quase devolveu o desaforo de fazer o gol salvador que o Brasil lhe enfiou no primeiro jogo por rapadura. Mata-mata é outro departamento.

No resumo da ópera, viu-se que Mano Menezes prefere a tragédia do tango à alegria do samba. Trocou tudo errado. Complicou o tempo todo. Deixou em campo só cabeça-de-bagre. Bem que ele podia treinar a Argentina, né não?!?

Por falar nisso, tá... a gente aceita que o Tevez volte a jogar no Brasil, até porquê vai ser no Corinthinas, mas o Mano Menezes tem que ir para o futebol argentino, treinar o Boca Juniors.

E então, vamos aos pernaltis. Elano bateu primeiro. Acertou no copo de chope do mesmo cara aquele que o Robinho já tinha bochado no bar da esquina. O pinguço rogou praga: - Vou proeger meu copo... Todos baterão igual a você!

Pois a praga era paraguaia. O bebedor deveria ser parente do feiticeiro guarani que fizera a mágica de salvar duas vezes a meta da sua seleção no tempo regulamentar.

E assim é que assim foi. A gente ficou sabendo dessa mandinga paraguaia, mas ficou mais do que evidente para quem é mesmo que Lula esteve torcendo o tempo todo.

Afora Mano Menezes, mandingas e azarões, o que o Brasil assistiu de olhos arregalados e boquiaberto foi, na verdade, o mais indecoroso e flagrante complô contra um treinador que até para escolher os batedores de penaltis consegue ser pior do que na hora de escalar o time

Nuncanahistoriadessepaís uma Seleção Brasileira foi tão parecida com o governo: perdeu a vergonha por completo. Mais até do que aquelas escandalosas torcedoras paraguaias.