Bolas, a grande pedra no caminho da primeira-presidenta é a herança bendita que Lula lhe deixou. Não só deixou, como faz questão de manter acesa a chama do espólio.
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Palocci estava lá na Casa Civil, por quê? Alfredo Nascimento estava nos Transportes, por quê? Marco Aurélio Sargento Garcia está lá à espreita, por quê? Gilberto Carvalho chefia o gabinete de Dilma, por quê? Taí ó, você acaba de perder a chance de ganhar uma caixa de fósforos. Acertou todas: tudo está assim do jeito que está porque Lula não desencarna da Presidência.
Lula não aguenta ver a sua requintada ferramenta de compra e venda de poder conhecida por "estratégia de coalizão pela governabilidade" ir por água abaixo, só por causa de umas denunciazinhas bobas da imprensa que lhe dá azia. Ele não admite que o PR perca o valioso espaço na Pasta ministerial que hoje se sabe, foi transformada em Ministério dos Transportes de Valores.
Para Lula e suas al-Qaedas alocadas, perder a coalizão com o PR é um golpe brutal no sistema de irrigação de dinheiro emporcalhado e no plano de sua reeleição em 2014 que já anda correndo frouxo por aí.
Dilma que se cuide. Se insistir em fazer o que deve ser feito; se teimar em governar como gostaria e poderia governar, vai acabar derrubada por impeachment antes mesmo que o PR grite "Abre-te Sésamo!" para o seu bando de mensaleiros.
E todos vão pensar que foi o Partido da República que não desencarnou do poder.
E todos vão pensar que foi o Partido da República que não desencarnou do poder.