A manchete que corre pelos jornais é a seguinte:
Brasil se mantém na 75ª posição no ranking do IDH.
Na verdade o que a manchete esconde é:
Brasil não sai da 75a posição no ranking do IDH.
IDH é o apelido mão-de-vaca para Índice de Desenvolvimento Humano.
IDH é um referencial que a ONU divulga todo santo ano. Trata-se da comparação da qualidade de vida da população de 182 países.
O Brasil figura garbosamente entre Granada e Bósnia Herzegovina. A Noruega ocupa o primeiro lugar nessa lista. É seguida pela Austrália, Islândia, Canadá e Irlanda - que assim formam o bloco das cinco nações que se esbaldam numa dolce vita.
Os Estados Unidos, de Barack Houssein Obama deram azar: ocupam a 13ª em incômoda posição. O Cara de lá já pensa até em contratar Zagallo para ministro dos Requifafes Sociais.
No fim do mundo figuram de baixo para cima e, por isso mesmo não nos atingem: Niger, Afeganistão, Serra Leoa e República Centro-Africana.
Cara, você não vai acreditar, mas o indicador da ONU varia dentro de uma escala que vai de zero a um e mostra que o índice brasileiro oscilou de 0,808 para 0,813. Mas isso foi entre 2006 e 2007, hoje Lula descobriu Cabral que descobriu o Brasil Olímpico e tudo está resolvido. Até as contas do Pan-2007. De lá pra cá, um grupo grande melhorou muito de vida.
Estão vivendo melhor do que o Brasil, o Chile - dono do 44º lugar; a Argentina, dona da 49ª posição; o saudável Uruguai, na 50ª colocação; a manemolente Cuba, em 51° lugar e a sacudida Venezuela de Chávez, no 58º posto.
Desde 1990 que a ONU vem divulgando o rol de roupa suja e limpa nas devidas e conceituadas lavanderias desses 182 países.
A aferição da longevidade é feita com base nos indicadores de expectativa de vida de quem foi dado à luz. Leva em conta a renda per capita, a longevidade e o nível educacional dos povos que não escolheram o lugar para nascer, mas elegeram os governantes que merecem ter.
Comemoremos todos, pois! Estamos na 75ª posição em qualidade de vida - renda por cabeça, educação e hora da morte - isso significa que vivemos melhor do que os pobres coitados que sobrevivem em outros 107 países, todos eles urgentemente necessitados de bolsa-família.
