A Veneza dos grandes navios
Carlos Eduardo Behrensdorf
Carlos Eduardo Behrensdorf
De Roma
Poucas cidades são mais conhecidas, fotografadas, filmadas, descritas, visitadas e admiradas do que Veneza. Por isso, fica fácil perguntar já sabendo a resposta: quem não v
iu pelo menos uma vez imagens do Grande Canal, os canais e suas gôndolas, a Praça São Marco, imagens do Carna-val, as máscaras, a Torre do Relógio e outros postais que identificam esta cidade que os guias turísticos classificam como “...a cidade da arte, da melancolia e do prestígio”?Mas, desta vez quero mostrar dois flagrantes pouco conhecidos – penso eu – do porto de Veneza, do local onde saem os grandes transatlânticos, a maioria deles em cruzeiros pelo Mediterrâneo – no Tirreno, Adriático e Bósforo.
Para quem gosta de detalhes, aqui vão alguns: fiz um roteiro saindo de Veneza, Bari, Katakolon (Grécia), Smirne e Istambul (Turquia), retornando com escala em Dubrovnik (Croácia) e mais uma vez Veneza onde terminou o brinquedo.
O navio, o Costa Serena, transatlântico de última ou penúltima geração, tem uma tripulação de 1.100 pessoas e transporta mais de 3.000 passageiros. O que me deixou boquiaberto é que tudo funciona a contento num navio com altura equivalente a um prédio de 11 andares, nove elevadores convencionais e mais tres panorâmicos.
Sem falar, é lógico, no cas-sino com-pleto com as conhe-cidas maqui-ninhas linha Las Vegas, um teatro com dois shows por noite, boates, bares, restaurantes, shopping com promoções das grandes grifes, piscina e as maravilhosas cadeiras para quem quiser se espichar ao sol ou à sombra e apagar como se estivesse num paraíso que se move.
Em agosto, quando brinquei de rico, o Mediterrâneo parecia um espelho. Acho que até os peixes estavam de férias.
(Fotos: CEBehrensdorf - Itália)
