Moisés Pereira
De Porto Alegre
O futebol brasileiro desde o advento da fórmula de pontos corridos como produto de mercado passou a proporcionar um planejamento dos segmentos envolvidos de grande significado. Tanto na comercialização, mídia, organização dos clubes competições decorrentes e etc.
Paralelamente a tudo isto também outros interesses são aguçados e eis que o professor Tristão Garcia, gaúcho de Livramento, metódico matemático, desenvolveu um programa informatizado para avaliar as possibilidades matemáticas dos clubes no final do campeonato.
O Sistema desenvolvido considera N variáveis como retrospecto, tendência, local dos jogos, pontos conquistados, tradição das equipes, entre outras.
É lógico que isto tenha despertado o interesse da mídia e hoje o Tristão é solicitado pelos veículos de divulgação de todo o país.
Ontem ouvi o Professor Tristão Garcia com o espelho do momento no atual campeonato. O Palmeiras tem 75 % de chances de ser campeão em 2009,o São Paulo tinha 15, restando 4% para o Atlético Mineiro e o Goiás, e o Inter 2%. Como a rodada deste meio de semana não teve grandes surpresas, os percentuais não devem ter sofrido alterações significativas.
Resta no certame de 2009 apurar as três vagas que ainda restam para a Libertadores que serão disputadas pelo São Paulo, Atlético Mineiro, Goiás, e Inter. O Flamengo e o Grêmio somente com uma chegada heróica teriam chances. Hoje, pelo programa do professor o Grêmio teria 8% de chances de chegar ao G4.
Na outra ponta da tabela o percentual que aponta os dois clubes de Pernambuco e o Fluminense como rebaixados é maior que 90%. O outro condenado pode ser o Botafogo ou o Santo André.
Minha curiosidade é se o programa consegue detectar também os gols perdidos, uma das especialidades de vários de nossos atacantes, ou mesmo os erros de arbitragem.
De qualquer forma embora ciente de que não é uma fórmula perfeita, estou entre os que concordam que dificilmente o resultado final é diferente do que os prognósticos.
Isto determina que estejamos mais uma vez, pela quarta consecutiva, diante de Muricy Ramalho com a faixa de campeão brasileiro.
Qual é a receita? No São Paulo havia um projeto, planejamento, gestão e Muricy fazia parte desta engrenagem. No Palmeiras o projeto era de Luxemburgo que derrapou e, Jorginho azeitou a máquina. Muricy chegou e em poucas rodadas assumiu a liderança estando hoje em posição mais do que confortável.
Espero que o professor Garcia desenvolva logo um programa para que possamos saber se há possibilidade de um outro treinador, alem do Muricy, ser campeão brasileiro.