O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

16 de nov. de 2015

EM ANTÁLIA, DILMA VANA 
SE SENTIU NO SEU HABITAT

Em Antália, na Turquia, onde dizem que a Mulher Sapiens participa de reunião do G-20, mas que certamente lá se encontra à procura de raízes genealógicas, Dilma Vana, apunhalou o Lula pela frente. Gentemm, apunhalou pela frente!

A criatura cravou numa entrevista coletiva o cutucão no peitoral do seu criador e disse que "o ministro Levy fica onde está"!

Quando alguém lhe disse que Lula andava novamente, de novo amor por Meirelles, todo contente, Dilma Vana redescobriu a mandioca e atochou nas câmeras e microfones que não concorda com Lula que anda dizendo por aí que "Levy não tem mais prazo de validade na Fazenda".

Ela foi peremptória, curta e grossa como gosta de ser nos seus momentos mais amenos: "Não concordo com Lula. E não temos que concordar com todas as avaliações de pessoas das quais gosto imensamente".

E além da punhalada pela frente, ela ainda lhe deu um puxão de orelhas: "É extremamente nocivo para o país as especulações que vira e mexe são feitas e me obriga a vir a público reforçar que Levy fica onde está. Isso não contribui para o país".

Dilma Vana é assim: quando ela discorda, não há concordância nem mesmo no idioma que ela usa.

Bolas, "é extremamente nocivo para o país as especulações..." - Epa, opa! "As especulações não é"... pois não é mesmo, nem aqui nem em Caixa-Prego; as especulações "são" extremamente nocivas. E também as tais especulações que vira e mexe "me obriga", uma ova! As especulações que vira e mexe "me obrigam"... Cá pra nós, isso lá é português que se use em nome do Brasil, Pátria Educadora?!?

Pior de tudo nem é o português ruim. Pior de tudo é o péssimo conteúdo. "Isso não contribui para o país" é, no mínimo, um desvio de conduta. O "isso" a que ela se refere é um pouco a fofocagem e muito o próprio Joaquim Levy que é tratado como uma coisa tributável.

De bom mesmo, nessa entrevista restou apenas a sensação de que na Antália, Dilma Vana se sentiu no seu habitat. Soltou, digamos, as patas no Lula. Ele bem que vinha pedindo mesmo para, digamos outra vez, levar um bom par de coices.