A CRISE MORAL DOS RECEPTADORES
Rui Falcão sentiu os tupitinisticos. Sentiu na carne o navalhaço do procurador Deltan Dallagnol que teve a bondade de avisar que o próximo alvo da força-tarefa da Lava Jato atende pelo codinome de partido político. Codinome, porque as siglas viraram código para delinquir.
O presidente subalterno do Partido dos Trabalhadores já começou a berrar que cobrar dos partidos os valores desviados da Petrobras, "pode inviabilizar não só o PT, como o PMDB". Ele acha que se a ação anunciada por Dallagnol prosperar, a única saída seria criar novas legendas.
Quer dizer, o cara tá nem aí para o fato de que o seu partido, como de resto cada partido político nesse país, é uma grande lavanderia de dinheiro sujo.
O Brasil não vive apenas uma crise política e econômica, sua maior crise é moral. E a crise moral gera a crise de desconfiança e de qualquer perspectiva de futuro decente para esse país.
Inda que mal pergunte: o que merecem aqueles que não se importam com a cor do dinheiro que embolsam; como se chamam, no submundo do crime organizado, os receptadores?