A Cúpula das Américas em Cartagena, foi um festival de coisa nenhuma. Ninguém convenceu ninguém de coisa alguma. A saliva gasta virou campeonato de cuspe. E muita gente saiu respingada.
Barack Obama foi pressionado para votar a favor da participação de Cuba na próxima edição desse american pie. Fez cara de paisagem, deu as costas e fincou pé no chão e nos fundilhos habaneros.
Dilma, sem quê nem pra quê, cancelou encontro com o rei de copas da Colômbia, a turma do Antonio Patrioto, representante de Celso Amorim no Itamaraty deu com os burros n'água querendo consertar a agenda da primeira-presidenta.
Já Cristina Kirchner saiu batendo a porta na cara de todo mundo. Furiosa porque não conseguiu de Obama o apoio dos marines norte-americanos ao sonho da Argentina tomar de assalto as Malvinas, se mandou antes que o pessoal terminasse de cupular.
No fim de tudo a cúpula foi um espetáculo de tristes figuras, todas filhas de uma pauta sem compostura, como se poderia esperar de um regabofe grupal como esse, realizado na Colômbia, justamente numa hora em que todo mundo tem tanto para fazer e não faz. Não é cupulando desse jeito, sem jeito, que se chega ao Paraíso.