Zé Sarney se superou no púlpito. Na liturgia de mais uma peça de disfarce, discursou em honra e glória do Dia da Democracia, mas picou a ética e a moral com sua mordacidade de marimbondo de fogo: "É melhor o pior Parlamento do que Parlamento nenhum". Errado, gigolozão da coisa pública! Melhor Parlamento é um Parlamento melhor.Logo em seguida, sob o disfarce das loas ao Dia da Democracia, o esgrimista que escapou de 11 estocadas processuais por uso e abuso dos bastidores do poder em todos os seus andares e contrapisos, beliscou a imprensa: "A mídia passou a ser inimiga das instituições representativas". Conversa! A mídia só revela as "pessoas não comuns" que pessoalizaram e tomaram como propriedade sua os organismo de defesa do cidadão comum. Inimigos públicos são os grileiros dos poderes constituídos.
Pobre Brasil que atura como presidente da Câmara Alta do seu Parlamento um homem cujo fio de bigode não vale um grama sequer de um reles bolo fecal, mas consegue transformar os corredores da Casa do Polvo em cloacas. Mosca que se preza não chega nem perto do vaso sanitário onde calhordas e berdamerdas como esse, se deixam esvair em bocados de si mesmo.
É como dizia Renan Calheiros há bem pouco, como se não sugasse também a nação: "Sarney está sangrando, como eu sangrei". Nem mesmo quem quis acreditar agüentou o cheiro.
