Nem tudo é o que parece. O probo ministro Joaquim Barbosa quer, como relator, o testemunho de Lula no processo de Ali Babá, 39 mensaleiros e um ladrão escapista. Lula, como chefe da nação, pode escolher dia, hora e local para isso. Pode também responder por escrito. Certamente, pela nova ortografia. Parece bom para a Justiça, não? Pois será muito melhor para o réu Zé Dirceu. Nada como o depoimento favorável de um homem que de metalúrgico passou a presidente e logo se fez proprietário do Brasil.
Lula gargarejou e não mandou gargarejar: "decisão sobre compra de aviões é política e atribuição do presidente da República". Dona Marisa Letícia deve estar se mordendo de ciúme, avião francês bom mesmo é Carla Bruni.
Ao rouquejar sobre a compra de caças estrangeiros, Lula criticou uma vez mais o comportamento da imprensa na abordagem (*) do assunto: “Fico triste quando eu percebo que a imprensa não consegue mais o que é uma brincadeira, uma ironia, com a verdade [sic]. Eu nem tinha lido a matéria de um menino, acho que da Folha de São Paulo ou do Globo... eu estava de costas até [no Itamaraty], quando ele perguntou: ‘Os americanos estão oferecendo mais...’ Eu não tinha nem visto. Eu falei: se continuar essa disputa, eu vou ganhar de graça”.
RODAPÉ - Peralá só um pouquinho: 1) com a verdade não se brinca - muito menos quando se está presidente da República; 2) isso não foi nem brincadeira, nem ironia: foi ato falho. Roncou de primeira, o que lhe deu na telha.