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Gelson Domingos da Silva, de 46 anos, fazia a cobertura jornalística da operação que os batalhões de Choque e de Operações Policiais Especiais (Bope) realizavam na Favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, quando foi atingido por um tiro no peito.
O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro responsabilizou a TV Bandeirantes pela morte do repórter. Para a presidente do sindicato, Suzana Blass, a morte do cinegrafista foi uma tragédia anunciada, porque os coletes fornecidos pelas empresas de comunicação não resistem a tiros de fuzil. Ela disse que o sindicato pode recorrer à Justiça para obrigar a Bandeirantes a amparar a família de Domingos.
RODAPÉ - Jornalista tem que fazer notícia. Jamais ser notícia. Bastaria uma só cobertura dessas operações, para os governos saberem quem é que manda nas ruas e nas cidades. Pena que esse rapaz morreu à cata de uma notícia que já não dá mais nem sintonia e nem comove leitores. A violência urbana resulta do excesso de segurança que cerca as autoridades e abandona a sociedade que lhes paga a conta.