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Liturgia dna data solene do lançamento do Movimento Pró-Corrupção
Segundos antes de soprar as velinhas para ajudar o governador sem fôlego do Distrito Federal na árdua liturgia de mais uma risonha primavera, Dirceu exclamou que as acusações eram intriga da oposição e da mídia que provoca azia. Em troca, emplacou um afilhado na gerência do Banco Regional de Brasília. Puro acaso.Agora, no affair Lupi com Dilma, compungido pela extemporânea declaração de amor do parlapatão que dá Trabalho, Zé Dirceu volta a drapejar a bandeira Pró-Corrupção: "É outra tentativa de golpe das elites contra os interesses populares".
Essa gente, quanto mais comemora aniversário, mais se aproxima da inexorável verdade que alerta: "os canalhas também envelhecem".
Quem é elite hoje nesse Brasil da Silva? Quem é podre de rico? Quem não tem vergonha de empurrar com a barriga desconfianças públicas e notórias de que seja um "chefe de quadrilha" como está no processo movido pelo Ministério Público? Quem é conselheiro de negócios de esperatlhões com o governo? Quem é que dá golpe em todo mundo, o tempo todo?
Ninguém precisa responder. Todo mundo já sabe. Trata-se do presidente de honra do Movimento Pró-Corrupção. A próxima marcha já está sendo organizada. Deve ser num cafôfo secreto em Brasília, ou numa churrascaria às escâncaras no Plano Piloto.
Vai entrar no vácuo que o Movimento Anti-Corrupção está deixando, já que o povão vem mostrando desencanto com os autoproclamados organizadores do movimento que pagou vexame no 15 de Novembro, em todo o País.
A cidade que conseguiu levar mais manifestantes às ruas para bradar contra os corruptos, só teve um pouco mais de gente do que a fracassada festa de aniversário de Agnelo, quando Dirceu bancou o porta-estandarte dos ladravazes desse País.
