A GRANDE DUPLA

Nunca antes nesse país um governo que saía deixara para o governo que entrava uma herança tão maldita quanto esta que Lula largou no colo de Dilma, a primeira-mulher- presidenta do Brasil.

Dos 39, quase 40 ministros de hoje, 15 eram de ontem, todos luláticos. Ficaram como espólio para a nova governanta do Brasil da Silva - uma terra arrasada pela "estratégia de coalizão pela governabilidade" - codinome usado por Lula para justificar a mais perniciosa tática de implantação do regime de máfias que hoje manda e desmanda.

Dos 15 ministérios que Lula fez questão de enfiar arranhando goela abaixo da sua criatura, por pouco não lhe causando uma ferimento ruim na laringe, se contarmos os remanejos de decorado improviso, um time inteiro, 11 deles já balançaram o coreto em que Dilma sempre aparece de saia justa.

Mas, a partilha dos males tem deixado sempre os dois maiores responsáveis fora da listagem dessa pandilha de sevandijas.

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Na banda larga dos acólitos de Lula que saíram sozinhos do governo, deixando seus dignos representantes lobistas, intermediários, assessores e consultores para fins de desvios e propinas, onde bem estavam e bem se encontram, conta-se até aqui os que emergiram do mar de lama:

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Antonio Palocci, o Mago das Consultorias; Nelson Jobim, que não saiu por denúncias, mas porque debochou de Ideli e Gleisi; Luiz Sérgio, o Garçom que foi pescar no Lugar de Ideli Salvatti que virou Garçonete das Relações Institucionais; Alfredo Nascimento, do Ministério de Transportes de Valores do PR; Wagner Rossi, o prepúcio der Michel Temer que cravava negócios Agropeculiares; Pedro Novais, do Tunguismo; Orlando Silva, o bolm de bola e de tapioca e agora o latin lover Carlos Lupi que finge não saber que ninguém e, muito menos a presidenta, morre de amores por ele.

Há também a camarilha dos que Dilma faz que não vê, que não sabe: Paulo Bernardo, das ligações paranaenses; Gleisi Hoffmann, que ressurgiu das Furnas e foi parar qual Fênix na Casa Civil; Ana de Hollanda, das diárias da Cultura nos fins de semana no Rio e agora dos feriadões em Buenos Aires; do Negromonte, aquele Mário que nos pega atrás do armário; do chocante Lobão, das energias que são uma mina; das suas inertes ministras aí abaixo que entraram com a cara e a coragem de não saber que estavam metendo a mão em combuca...

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Nesse rol de roupas sujas que não conseguem ser lavadas dentro de casa, não aparece nunca a etiqueta que trás os nomes dos dois maiores culpados pela bagunça generalizada, pela mixórdia em que se encontra o governo nesta notável lavanderia em que foi transformada a governança inaugural de Dilma nesse terceiro mandato paralelo do Seu Encarnado, o que não desencarna: Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Foi essa dupla brega e milionária que escolheu, com todos os dedos que tinham à disposição, cada um dos ministros que bagunçam o Brasil.

Arq/PR

Ninguém é mais culpado do que esses dois que, se os tratamentos todos pelo SUS chegarem a bom cabo, estarão fazendo a dobradinha de 2014: Lula na cabeça e Dilma de vice.

Se a Constituição-Cidadã não permitir, eles rasgam a Carta Magna e apostam tudo em um Brasil por baixo dos panos.