O Brasil que Lula deixou de herança para o Brasil que nos resta, merece e quer mais. Com sua desalmada "estratégia de coalizão pela governabilidade" - apelido para balcão de compra e venda de pessoas e coisas públicas e notórias, Lula foi o mais pernicioso presidente da História do Brasil.
Essa cascata de ministros que rola corredeira abaixo é só a ponta do iceberg. Menos, menos... É apenas uma canoa furada que anda à deriva nesse mar de lama.
Há muitos compradores e vendedores nessa imensa nau de insensatos que é o Brasil da Silva. A "estratégia de coalizão" de Lula germinou uma safra de facilitadores de convênios com ONGs, OSCIPs, institutos, fundações, consultorias, centrais sindicais, movimentos de fachada popularesca.
O governo Dilma e o povo embasbacado não conseguem deter a sanha e a voracidade desses traficantes de negócios que misturam a coisa pública na privada.
Mal a mídia investigativa descobriu a fonte dos desejos impublicáveis desses filhotes de Lula e já eles todos, astutos frutos dessas águas turvas, abrem seus tentáculos para travessias em outras pontes capazes de suportar a carga pesada do seu apetite interminável pela apropriação do País.
Neste Segundo Tempo, a bola da vez é a mina de ouro das leis de captação de patrocínios de enorme boa vontade. Genéricos específicos patrocinadores tipo assim dos que dominam a Lei de Incentivo ao Esporte, a Lei Rouanet e similares. Com escassas e honrosas exceções, essas leis encerram boas idéias, de pronto esfaceladas pela fome de poder e pela ganância.
No mais das vezes, tudo não passa de um reles golpe do João Sem Braço. Botou a cabeça entra tudo. Não tem ombros. Nem moral. Nem escrúpulos. Coisa típica de Nem - o bandido-chinelo que dominava a Rocinha.
Mas nada para por aí. Tudo tem a ver com a herança lulática. Mais que o uso e o abuso de legislações lépidas e faceiras, há outros caminhos escancarados de perdição nessa pátria. Passaporte diplomático para religioso é uma das grandes tábuas de salvação.
Pastores de igrejas-lavanderias realizam uma turística volta ao mundo dos crédulos, passeando por aeroportos sem abrir as malas e bagagens, sem passar por censores eletrônicos, sem se submeterem a revistas pessoais como qualquer simples mortal filho, até quem sabe, do mesmo Deus.
Com pouco mais de R$ 500 qualquer um, na Junta Comercial mais próxima, abre as portas de uma igreja, na primeira esquina de bom movimento que encontrar pela frente. Daí a transformar uma divina lavanderia em imobiliária celestial é um pulo. Melhor, um voo. O crente chega ao céu em seguidinha.
O jornalismo investigativo já poderia ir se preparando para ajoelhar e rezar. Se os repórteres entrarem nessas naves terão que purgar a ira dos pastores que não pregam prego sem estopa.
Se Lula, com a sua "estratégia de coalizão" comprou a alma nacional, as igrejas vendem lotes no céu para os mais abonados ingenuos; para os beatos descamisados servem um cruzeiro pelos mares de paraísos fiscais.
Já é hora das reuniões de pauta tratarem dessa matéria com base nos indícios de que hoje, de fato e estupidamente de direito, onde quer que os deuses brasileiros ergam uma igreja, o demonio levanta uma capela.