Revista The New Yorker
A Ungida
“The New Yorker” traça perfil da primeira-presidenta como “ex-radical governando um país que vive boom econômico"
Fonte: site da revista The New Yorker
A revista norte-americana The New Yorker se dedica esta semana à primeira-mulher-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. A publicação trata a nossa diligenta chefa como uma "ex-radical que conduz o país em um boom econômico".
"A Ungida", artigo do jornalista e escritor Nicholas Lemann, trata do passado de Dilma, desde que era estudante nos anos 60, durante a ditadura, até sua prisão na década seguinte, quando foi torturada. O texto diz que ela e outros militantes de esquerda “viviam escondidos planejando ações, estocando e transportando armas e bombas”.
"A Ungida", artigo do jornalista e escritor Nicholas Lemann, trata do passado de Dilma, desde que era estudante nos anos 60, durante a ditadura, até sua prisão na década seguinte, quando foi torturada. O texto diz que ela e outros militantes de esquerda “viviam escondidos planejando ações, estocando e transportando armas e bombas”.
A reportagem fala sobre a situação econômica e social do Brasil comparando-a com os Estados Unidos: “o país, até pouco tempo tido como um dos menos educados e um dos mais desequilibrados economicamente, agora, cresce muito mais rápido do que os EUA".
Se alguém está festejando a publicação, saiba que a coisa vai mais além dos eduros elogios: O Brasil é pintado como "uma democracia caótica, com imprensa livre, liberdade política e um governo central mais poderoso e intrusivo que o norte-americano”. E a coisa continua: “a taxa de criminalidade é alta, as escolas são fracas, as estradas são ruins e os portos mal funcionam”. Mais que isso o parágrafo destaca o alto crescimento econômico em contradição com a desigualdade social.
Para ficar só por aí, a revista ainda entra no que chama de avalanche de demissões na gestão Dilma e emenda rápido e rasteiro: “ninguém acredita que Dilma Rousseff seja corrupta, mas ela trabalhou por anos com algumas dessas pessoas que deixaram o governo".
RODAPÉ - Pois é. Falem mal, mas falem de mim. Mas não é só isso. O jornalista Nicholas Lemann diz coisas com a exatidão, clareza e concisão que a nossa liberdade de expressão tem suprimido dos jornalões, só para não causar azia no governo, nosso maior patrocinador.