O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

11 de out. de 2009

MARCOLAS & MAROLAS DOMINICAIS

A essa altura Dona Santinha já deve ter passado pelo confessionário - assim como quem não quer nada - comungado e mal e mal esperado as bençãos da missa das dez. Não pode perder o próximo culto evangélico ali na esquina e nem se atrasar para a sessão de candomblé, ao cair de mais esta tarde de radiante e sincrética primavera - antevéspera de 2010.

A população brasileira não está decepcionada com os políticos; está entregue. Não tem ânimo, nem organização, para demonstrar com atitude e atos a sua indignação. Em nome da democracia esperta, os poderes constituídos fazem gato e sapato da nação mais compassiva do mundo. O crime organizado não é aquele que tem na vitrine um Beira Mar ou um Marcola; é aquele que vê no olho do furacão, no topo de qualquer onda, apenas Marola.

Se um cara te traiu e continuas acreditando nele então estás inoculado pelo seu vírus sem remédio. Não podes recomendá-lo a nenhum amigo teu. Tu és apenas o lado ruim da confiança.

Se o governo suprimisse a palavra traição dos discursos que enganam o povo, não teria mais nada para oferecer ao seu país.

Esse governo não valeria nada se não usasse a lei conforme seu jeito de ser legal.

O governo Lula do Brasil criou uma nação de ociosos satisfeitos: 15 milhões de portadores de bolsa-família. Isso é mais do que três vezes a população do Uruguai. Vale meia Argentina. A parte desempregada - é evidente.

Há muitas formas de governo; mas apenas duas classes de governo: o livre e o despótico. No livre, o povo tem seus representantes. No despótico, é representado por Sarney no Senado.

Nesse governo não se pode depositar nenhuma confiança nos companheiros. São todos camaradas, bons e batutas. Nenhum deles admite compartilhar suas benesses e suas momentâneas autoridades. Assim é que o Sanatório adverte: assim que Dilma assumir o lugar de Lula do Brasil, o sintoma vai persistir não só por quatro, mas pelo menos por oito aninhos como reza a Constituição. Lulalá que espere sentado. No meio do caminho pode haver uma emenda providencial que qualquer referendo popular à la Zelaya deve consagrar.