Hoje, a nota romanesca é a própria Fontana Azzurra. Quebramos o sigilo e cagüetamos a imagem sempre azul infinda do jornalista Carlos Eduardo Behrensdorf. Dentre as manias que tem, uma é gostar de palhaços. Tem uma enorme e bem-cuidada coleção daqueles bufões em que o riso é sempre natural. Outro dia, lembrou-se disso e internou aqui no Sanatórioo seguinte texto de sua lavra (*):
L'OSSERVATORE PIANÍSSIMO
"Não é de hoje que me identifico com palhaços. Tenho quadros, estatuetas, bonecos, miniaturas, cinzeiros, chaveiros e até um porta escova de dentes. Acho que esta afinidade tem sua razão de ser: como qualquer guri que cresceu no interior a imagem do palhaço vem junto com a alegria do primeiro circo, que por menor que tenha sido, nunca deixará de ser um "Gran Circo". E, pensando bem, quem sabe eu não seja um deles, mesmo sem máscara?
Vou pensar no assunto". (Carlos Eduardo Behrensdorf, de Roma).
"Não é de hoje que me identifico com palhaços. Tenho quadros, estatuetas, bonecos, miniaturas, cinzeiros, chaveiros e até um porta escova de dentes. Acho que esta afinidade tem sua razão de ser: como qualquer guri que cresceu no interior a imagem do palhaço vem junto com a alegria do primeiro circo, que por menor que tenha sido, nunca deixará de ser um "Gran Circo". E, pensando bem, quem sabe eu não seja um deles, mesmo sem máscara?
Vou pensar no assunto". (Carlos Eduardo Behrensdorf, de Roma).
RODAPÉ - Outra mania do Behrensdorf: presentear os amigos com canetas Mont Blanc. Note que uma super-Bic sobressai no bolso da camisa. A titular está aqui comigo. Behrêns é mesmo um cavaleiro de fina estampa. Ainda aguardo - com a esperança vencendo o medo - aquela encomenda que nunca lhe fiz da peça em aço-escovado de Dom Quixote e Sancho Pança se beijando fervorosamente.
(*) - Lavra - Lavra, lavra, lavra... Como diria Fernandinho - o Conde Xixi: "Lavra é a planfa que te lamblanfa"!