Não é nada, não é nada, são seis arenas novas só para a Copa-Cozinha das Confederações, competição cobaia para a "melhor" Copa do Mundo no ano que vem. Por enquanto, os novos estádios, segundo os confiáveis cálculos oficiais, custaram a merreca de mais de R$ 5 bilhões só de cimento, ferro e grama.
A farra que acaba quando termina a Copa, daria para construir pelo menos um hospital público de alto padrão, quase assim tipo Sírio-Libanês, em cada capital. O que, na verdade, também não significaria nenhum "valor residual" para o povo, eis que elitizando o SUS, os políticos ocupariam todos os leitos.
Então, seus manés, tanto faz construir estádios quanto hospitais que tudo vai dar na mesma. Mas que seria bom, seria.
Seria bom o pobretão feliz poder encher a boca e dizer que foi atendido no Hospital Mineirão, aquele em que Dilma Vana, a sua mineira de estimação, também estava se tratando.
Seria bom o pobre encher o peito e a boca e dizer que estava no apartamento ao lado da UTI do Maracanã, onde Lula cuidava do gogó que não tem nada e Sérgio Cabral rezava por ele.
Seria bom ver sua expressão de contentamento ao contar que acabava de ter alta do Hospital Castelão, onde passou por Cid Gomes rumo à sala de recuperação.
Seria bom escutar o trabalhador assalariado falando à porta de saída do Arena Pernambuco, hospital de fino trato, onde ele cruzara duas vezes com Eduardo Campos no Setor de Raio-X e, por isso mesmo sentir-se são e salvo.
Seria bom ouvir a baiana vendedora de acarajé exultar de pura felicidade por estar curada, assim como se fosse por um passe de mágica, só porque o Jaques Wagner era seu vizinho de quarto.
Seria bom, mas não é, Seu Mané.