João Pedro Stédile, um bufão carimbado do sindicalismo de resultados, craque na "estratégia lulática de coalizão pela governabilidade" e, acima de tudo, presidente do MST, botou a boca no trombone, como se fizesse uma grande denúncia. Ele diz agora que "a Copa foi boa para Globo e empreiteiras". Claro que foi; choveu no molhado. Pena que disse só meia verdade, como faz bem aos que são da turma dele.
Foi boa pra Globo, para as empreiteiras, para a turma de lobistas capitaneada por Lula que trouxe essa copas para um Brasil que precisa de hospitais, de segurança, de transporte, de educação e igualdade social; foi boa para quem, como a primeira-mulher-presidenta da República, aliviou as licitações para as obras faraônicas; foi boa para quem vai pegar a gorda comissão pela intermediação e viabilização do grande e mafioso negócio que é uma Copa-Cozinha, uma Copa do Mundo e uma balio de Jogos Olímpicos.
Stédile fez lembrar aquela velha história dos dois grandes amigos bêbados numa mesa de bar:
- Ei, Paquito, tenho que te dizer, tua mulher está te traindo.
- Como assim, Deodato?
- Pô, me desculpe, mas sou teu amigo tenho que te dizer: Aninha tá te metendo chifre!
- Muito obrigado. Obrigado mesmo. Você é um amigão - disse o corno que se levantou e foi pra casa.
E foi profundamente agradecido. Aquilo sim é que era amizade. Já no mesmo bar, na mesma mesa, o grande amigo Deodato tomava mais uma dose e conversava com seus botões: - É verdade, Aninha tá traindo mesmo o Paquito....Bosta, eu deveria que ter dito que Aninha tá metendo chifre nele... E que é comigo.
Ah sim, a Copa-Cozinha das Confederações está sendo boa para quem tem todos os dentes, camisa esportiva Lacoste, tênis de grife e dinheiro no bolso. A Copa foi boa até aqui, para quem se contenta em assistir a uma partida de futebol pela TV, em casa, ou pelos telões colocados estrategicamente bem por onde passam os filhos dos ricos que entram nos estádios.