Natan Donandon do PMDB de Rondônia consagrou-se nesta sexta-feira
como o primeiro deputado federal no exercício do mandato a ser preso na
História do Brasil. Por peculato e formação de quadrilha ele pegou 13
anos de cadeia em regime fechado.
Donandon
se entregou ao delegado da Polícia Federal, Marcelo Moseli que não
estava sozinho na empreitada. O momento histórico se deu numa rua de
Brasília, onde ele transitava calmamente sem que ninguém notasse
qualquer diferença nele com relação aos demais parlamentares que andam
pra lá e pra cá na capital federal.
O ladrão e
quadrilheiro vai ser submetido a exames e na expectativa de que lhe
escolham uma confortável cela na Papuda ou em outro presídio qualquer. E
assim, com toda pompa e circunstância, está elucidado mais um caso na
República dos Calamares.
Mas Natan Donandon que não se
exiba, nem fique todo bobo; ele é apenas o primeiro deputado preso em
pleno exercício de mandato; mas nem por isso chega a ser mais notório e
nem mais público do que Zé Genoíno e João Paulo Cunha que, condenados
pelo Supremo por corrupção e formação de quadrilha estão mais do que
soltos, cumprindo expediente regular e muito bem remunerados na Câmara. E
o melhor de tudo: integrando a Comissão de Constituição e Justiça da
segunda maior casa de tolerância do Brasil.
Disso tudo
fica a nítida impressão de que Natan Donandon não tinha lá grandes
relacionamentos com Zé Dirceu, do contrário já teria se submetido a uma
providencial operação plástica e quem sabe até casado clandestinamente
com uma dessas jovens militantes que os lulistas estão encomendando para
aplacar o hoje incomodativo clamor das ruas.