POLITICAMENTE VIZINHO
Nesse
mar em que ondas revoltas do LGBT se despedaçam contra os rochedos da
homofobia, o espírito intrépido do vizinho ao lado me desabafou: - Acho
aquela lésbica ali da casa amarela uma mulher absolutamente brochante!
VEJAM SÓ!
Partidos
da base do governo Dilma criam fórum por plebiscito. Vejam só quem se
mete a pensar pelos brasileiros: Rui Falcão, pelo PT; Carlos Lupi, do
PDT; Renato Rabelo, do PCdoB e Roberto Amaral, do PSB. Eles se juntaram
para engendrar a estratégia de apoio à proposta de um plebiscito
apresentada pela president@ Dilma no início da semana, quando tremeu nos
cutupicos com a mobilização popular. Sinceridade? Esses caras não me
representam.
CAMBALACHO
Plebiscito, Referendo e Constituinte agora é cambalacho! Não é
disso que se está falando. A gente quer bons serviços essenciais, saúde,
segurança, educação, transporte coletivo digno. É isso que a gente está
falando. Ninguém - a não ser os propietários indébitos do Brasil - quer
reforma política já. Primeiro a reforma moral: Corrupção, não! Ladrão é
ladrão, cidadão é cidadão!
NOTAAldo
Rabelo, ministro dos Esportes deu nota 9 e o secretário Jerome Valcke
da Fifa deu 7 para Copa-Cozinha das Confederações. Nota zero para os
dois.
NA PRÓPRIA CARNE
Ouvindo o a voz rouca das ruas, o
governador tucano dos paulistas, Geraldo Alckmin anunciou pacote de
corte de despesas e na máquina do Estado; entre os trambolhos que serão
vendidos, estão o helicóptero do seu próprio gabinete, que custa R$ 4,5
milhões por ano, e mil e quatrocentos carros oficiais. O governo
Alckmin, assustado com o clamor popular, cortou na própria carne. Grande
coisa, há bom tempo, assustado com o serviço, um metalúrgio cortou o
próprio dedo. Foi aposentado. E olha só no que foi que deu.
MÁ COMPANHIA
Pronto,
o deputado escamoteador e quadrilheiro, Natan Donadon foi levado para a
Papuda. Ganhou cela particular e solitária. Condenado pelo STF a 13
anos de cadeia, ele levou 18 anos para ficar só e mal acompanhado.
MOBILIZAÇÃO PERMANENTE
Com
a reacionária movimentação dos bastidores da elite dominante que
infiltra baderneiros profissionais nos protestos populares, não espere a
cada dia uma mobilização de milhões de pessoas nas ruas. Os indignados
são milhões e milhões, mas as passeatas serão menores, localizadas,
focadas numa determinada pauta de reivindicações e de efetiva
consistência. A população vai colocar pressão em cima dos governos
locais - prefeituras, governos estaduais - e assim acelerar as grandes
discussões sobre as questões federativas, sobre os problemas que afligem
o país de cabo a rabo, de fio a pavio. E serão estudantes num dia;
professores, no outro; operários, sempre; cidadão de bem à toda hora
querendo o fim da corrupção, saúde e educação com padrão Fifa, qualidade
de vida, justiça eficaz e igualdade social. O povo descobriu que pode
controlar quem deixou o Brasil fora de controle.