Dilma cumpre na tarde desta segunda-feira o ritual do medo ao clamor das ruas e reúne-se com quem vem sendo, tanto quanto ela mesma e seu governo - um dos mais poderosos do mundo dito democrático -a causa da indignação do povo brasileiro. Encontra-se com prefeitos e governadores. A expectativa é de que haja um quebra-pau. Depredadores do patrimônio público tem de sobra.
O encontro serve para mostrar que, depois de 12 anos no poder, o regime não tem nenhum programa de governo; tem apenas um plano de poder. Farta distribuição de bolsas e financiamentos bancários, não é programa é embromação populista que leva ao desestímulo laboral e à boca de urna.
Se dessa reunião não sair a disposição expressa de uma urgente reforma política, rumo ao voto facultativo e distrital, vai ficar explícita a bandalheira de que os culpados se juntaram só para encontrar um jeito de remendar os estragos que o bloco da verdade já causou nas candidaturas para o ano que vem.
No primeiro minuto desse encontro de ir/responsáveis pela péssima qualidade de serviços essenciais que fingem prestar ao país, é obrigatório que tenha começado a primeira grande reforma do Brasil da Silva: a reforma moral nos três poderes constituídos e no instituído 4º Poder: é proibido ser corrupto ativo ou passivo; ladrão é ladrão, cidadão é cidadão... No Executivo, no Legislativo, no Judiciário e na Mídia.
Quanto ao povo - seja qual for a sua idade, ou sua classe social: pobre, média, remediada - terá que ter paciência. Embora tenha cravado estaca nas eleições do ano que vem, infelizmente ainda vai ter que votar - quem sabe pela última vez - no "menos ruim".
O que está ficando de bom dessa mobilização que abomina o vandalismo e quer construir o futuro no presente, é que Lula, o assustado camaleão, agora já sabe que não é só ele quem comanda a massa e balança a pança. Do contrário já teria colocado o nariz pra fora da porta.