Pegou mal. Paul McCartney fez dois shows no Brasil com 45 mil pessoas em cada um, ficou quase uma semana no Rio de Janeiro, disse que gostou muito e coisa e tal, mas não visitou nenhuma favela carioca. Isso não é coisa que se faça. Uma esnobação. Oh, my Lord!Só porque é Sir, não precisava gelar a plebe. Um desaforo.
Mesmo sem serem convidados e talvez até por isso mesmo, o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral juraram de pés juntos e mãos dadas que nunca mais comprarão um DVD sequer e nem mesmo um reles CDzinho "desse Beatle velho e carcomido".
Murmurava-se pelos bastidores, que a dupla Paes-Cabral já está até achando que o jeito brasileiro de Paul McCartney falar foi bem pior que o sotaque de Henry Sobel, aquele rabino colecionador de gravata das melhores lojas do ramo.