Começaram os campeonatos da baba e dos veteranos em franca atividade no Brasil.
E agora o torcedor brasileiro que tem medo de ir aos estádios e ser atropelado pelas hordas das torcidas organizadas, já vai sentir na pele o que significa mesmo aquela briga das redes de TV que guilhotinou o Clube dos 13, organismo da mesma laia dos seus carrascos.
Para você que ainda não caiu no conto dos canais a cabo, vai sobrar sempre a transmissão do rebotalho das rodadas dessa competição de cabeças de bagre misturadas com refugos que já não enganam mais ninguém lá fora e retornaram como garotos-propaganda para uma boa festa de despedida do futebol que já lhes deu adeus há muito tempo.
Para você, tolo pressionado pela ditadura das programações vendidas, resta o consolo de assistir a uma que outra pelada de luxo da Série B e olhe lá.
As atrações tipo assim "mais um campeão de audiência", você vai ter que pagar de novo para ver.
As exceções como Neymar, Ganso, Lucas, Arouca, Kleber e raros similares não são para o seu bico. Contente-se com as entrevistas em programas de bancada com Felipão, Muricy, Luxemburgo, Tite, Carpegiani, Renato Gaúcho, Falcão e um lá que outro atleta master como Adriano, Luiz Fabiano, Ronaldinho Gaúcho.
E cuidado que vêm por aí Seedorf, Vágner Love... Se bobear, não duvide, Ronaldo Fenômeno também volta.
E, se já não tem mais que conviver com os arroubos de narradores titulares regiamente pagos para estertorar emoções, contente-se com os locutores de segunda linha.
Contenha-se, no entanto, para não jogar o chinelo na tela ao escutar a voz e os conceitos furados de comentaristas feitos a machado, malformados, saídos dos bancos de reserva e promovidos a formadores de opinião porque ainda pensam que um dia jogaram futebol.
Bem feito para você que ainda paga duas vezes por esse conto do pacote, só para ter esse espetáculo deprimente dentro de casa.
Bem feito, você merece, pois nem se dá ao desfrute de tirar os filhos da sala numa hora dessas.