O CASO DA MEGERA DE ABAETETUBA/PA
O vídeo é de 8 de agosto de 2008. O repórter Igor Fonseca, da TV Pará Record mostra a transa imoral entre clientes e advogados. Revela o lado des/humano da Justiça dos homens que tem o poder de julgar os homens.
O plenário do Supremo Tribunal Federal vai decidir, nesta quinta-feira, se o Conselho Nacional de Justiça agiu nos limites da lei e de sua competência ao premiar, em abril do ano passado, com aposentadoria compulsória, a juíza Clarice Maria de Andrade, ex-titular da vara criminal de Abaetetuba, no Pará.
O CNJ considerou a ilustre magistrada culpada por ter determinado, em novembro de 2007, a prisão de uma garota de 15 anos, numa cela com 20 homens, durante 26 dias, na delegacia de polícia de Abaetetuba (PA). Nesse período, a menor foi violentada seguidamente.
Pela desumanidade que cometeu, Clarice Maria ganhou aposentadoria com vencimentos proporcionais ao tempo de desserviço que prestou ao direito e à Justiça.
Pelo justo olhar da Lei Orgânica da Magistratura, a juiza recebeu a pena máxima.
A terrível punição foi por ela ter permitido a prisão da menor e também por ter falsificado a data de um documento de pedido de transferência da menina.
Reprodução/Folhapress/23 nov 2007
Nos 20 dias que a pequena ladra do mercadinho da esquina ficou presa na cela com os 20 bandidos, em Abaetetuba ela foi seviciada, espancada, humilhada e vítima constante de estupro e violência.
A garota teria sido, inclusive, estuprada mais de dez vezes pelo mesmo canalha portador de HIV.
Os autos foram enviados ao Ministério Público para que sejam apuradas eventuais responsabilidades penais e cíveis da juíza falsária.
Agora, se ela for condenada, poderá ter a aposentadoria cassada. É pouco. Ela merece prêmios bem maiores do que os já recebidos.
Ela merece, no mínimo, 40 dias de cadeia - o dobro da permanência fatal da garota no cubículo da delegacia de Abaetetuba - e na mesma cela com os 20 assassinos da jovem que, pouco tempo depois, contaminada e organicamente debilitada, não resistiu e morreu.
Se, no entanto, não houver dentre o grupo de facínoras mais nenhum outro com o vírus HIV, Clarice Maria só poderá ter relações com o espadachim terminal. E nada menos do que três vezes por dia.
O seu parceiro será obrigado a inocular a nobre megera domada com pelo menos uma dose caprichada de seu espermatozóide capenga, pela manhã, à tarde e à noite.
Ao fim do rigoroso regime abre-fecha de 40 dias e 40 noites, Clarice Maria poderá usar a chave da cadeia e ganhar o pleno sol da liberdade para que, enfim, possa relaxar e gozar a sua merecida aposentadoria. Pelo tempo que lhe restar para ser feliz.