A única manifestação meio-pública, meio-escamada de Lula sobre o sucesso meteórico do Plano de Aceleração do Crescimento do Patrimônio de Calocci, depois daquele murro em cima da mesa lá no Panamá mandando que Zé Dirceu e Berzoíni parassem com o fogo amigo, foi essa frase de efeito:
"Falta a Dilma uma própria Dilma".
Isso quer dizer que só agora ele confessa mais uma de suas grandes maldades para cima do povo brasileiro. Aproveitou-se do milagre fajuto de sua popularidade comprada a peso de bolsa-famiglia e fez o povo eleger ninguém, absolutamente ninguém, para o seu lugar.
Se "falta a Dilma uma própria Dilma", então falta tudo. Era o que ele mais precisava para ocupar o seu lugar no Palácio do Planalto.
Agora se sabe pelo próprio Lula: a cadeira está vaga e a sua espera para 2014. Foi assim que ele sempre elucubrou; que ele sempre quis.
De uma certa maneira, a declaração do Seu Encarnado - o que não desencarna do governo - nos provoca um sentimento de tranquilidade. Não há ninguém na direção desse País.
A gente só não tinha notado que a nação vive uma vacância presidencial, porque o Brasil não precisa de presidentes do tamanho e do feitio desses aí que o país tem tido para seguir em frente. Nesses tempos bicudos - diria Quintana - o Brasil só tem corrido o risco de ir à falência, à bancarrota total, quando tem alguém ocupando o gabinete da Presidência.