O JEITO DO PT NÃO ME
DESCE PELA GARGANTA
Fui até à sala e sintonizei a TV Senado. Comecei a assistir ao pandemônio de mais uma sessão que trata do impeachment de Dilma Vana, o maior desastre pornopolítico desse país. Fui e voltei.
Que horror. Aquilo é uma casa de almas penadas; de coisas do outro mundo. Dá medo e tira o apetite. Tira até o cio. Não só pelas caras e bocas; não só pelo som; não só pelas imagens, mas pela morbidez do conteúdo.
Os petistas e seus súditos, tipo assim comunistas bem acomodados na vida pública e na privada, acham que o processo só vale se usarem as gravações sob encomenda de Sérgio Machado, agora o Bom Ladrão da República.
As mesmas tristes figuras, no entanto, não acham que vale a pena incluir nos autos o grampo do telefonema de Dilma para Lula oferecendo-lhe a Casa Civil como rota de fuga da Vara de Sérgio Moro, numa clara tentativa não só de emperrar, mas de burlar debochadamente o trabalho da Justiça.
A ladainha é a mesma, veemente e fora do contexto. O que arrepia o estômago e tira a vontade de comer é que se a lei não tem o jeito do PT, não é lei; é golpe. Isso não me desce pela garganta.
O PAVÃO DE NEGLIGENTE PLUMAGEM
E o Cardozão está por lá, estarrado na mesa diretora dos trabalho como se a Comissão fosse a barra de um tribunal popular, em que o advogado pode se intrometer no assunto sempre que der o brado retumbante de "pela ordem" na cara do presidente da sessão.
E, com seu jeito servil de ser defensor de sua patroa, ele abusa com a desenvoltura de quem se sente assim como um pavão de negligente plumagem petista, sem se importar que o abuso do direito seja afetação; o abuso da liberdade consentida pelo senador Raimundo Lira, um absurdo.
E o Cardozão lá está, impávido e colosso sem dar-se conta de que a perfeição que ele bota nos seus arrazoados, não passa de um enorme engano, de um erro tão tolo, defeituoso e descabido quanto será essa pretensa perfeição irreparável para o destino de Dilma Vana.