Aquela compra de tapioca no bar da esquina com cartão corporativo revelou para o então governo Lula o perfil ideal do que deveria ser um ministro que cuidasse de uma pasta que parece valer menos que um patê desses embutidos de galinha: a Pasta do Esporte.
E porque, nesse país, balconista faz teste de aptidão e apresenta folha corrida, mas ministro é apontado a dedo, sem diploma e sem qualificação, o cara está lá até hoje. A sua sombra, a pasta virou pastelão. Encontra-se em qualquer balcão que esteja à mão e à feição.
O esquisito é que a primeira-presidenta não consegue ser diligenta, nem eficienta na hora de ver e apurar o que os jornalistas, diligentes e eficientes, veem e apuram.
É que jornalismo investigativo não precisa de fisiologismo; governo, precisa. O ministro continua ministro porque no Brasil, governar é satisfazer necessidades fisiológicas.