Sarney A Biografia
Por Carlos Eduardo Behrensdorf - Brasília
Estava demorando mas chegou às livrarias o livro "Sarney a biografia", da jornalista Regina Echeberria, com pesquisa feita no diário do biografado. Pelo menos nas livrarias onde andei, pelo menos três, o livro não era exatamente um best-seller e não havia fila
Independente do que pensam sobre José Sarney pacientes e visitantes deste Sanatório, não há como fazer de conta que ele não existe. Afinal de contas, são 50 anos nos quais a presença do homem do bigode indesbotável é constante.
Confesso que não li, mas, pincei de jornais algumas frases do biografado que me pareceram interessante. Sem maiores delongas como diria O Imortal, vamos ao que interessa, se é que interessa:
Deprimido
“Era uma solidão que não passava, uma dor insidiosa na alma que me levava a pensar recorrentemente na morte e nas fontes da vida.”
Arrependido
“O maior erro que eu cometi foi o Cruzado II. Eu preferia ter cortado a minha mão a ter assinado aquilo. Fiz porque acreditei neles.”
Dormiu
O chefe do SNI, general Ivan de Souza Mendes, fizera no passado um dossiê envolvendo Sarney e pessoas de sua família.
“Eu dormia com uma cascavel e não sabia”. Eu hein...
Ameaça
Fernando Collor chamou Sarney de “corrupto, incompetente e safado”. Collor disse, inclusive, que mandaria prender Sarney e arrancar seu bigode.
Caribenho
“Lula é a velharia ideológica. O partido marxista sectário e caribenho. É um anacronismo. Sua sedução permanente é Sierra Maestra. Não faz porque não pode”.
Mágoa
O livro confirma um fato sabido há muito tempo: a mágoa com Fernando Henrique Cardoso pela operação da Policia Federal que apreendeu dinheiro na empresa Lunus, no Maranhão.
Para quem não lembra, a empresa era dirigida por seu genro, Jorge Murad e acabou com a candidatura de Roseana Sarney a Presidência da República, em 2002.
Telefone
Sarney ligou para FHC que disse não saber de nada.
Sarney retrucou ”... Eu fui presidente, Fernando, eu sei que uma coisa dessas não acontece sem o presidente saber”... “Mas você foi presidente no tempo da ditadura”, teria dito FHC. “E você foi o líder da ditadura” respondeu Sarney, batendo com o telefone.
É o que está no livro.
RODAPÉ SANATORIAL - Diagnóstico da biografia autorizada, só para não deixar em brancas nuvens de marimbondos de fogo: - Não lemos e não gostamos. O seu texto, não; este nós a-do-ra-mos!!! Não gostamos do que não lemos da Echeberria.