O retorno do JB
Por Carlos Eduardo Behrensdorf - de Brasília
Chamou a atenção o elogio do líder do governo na Câmara Deputados, deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP), à decisão do STF. Em sua (dele...) opinião, “... o resultado reafirma o compromisso com a democracia e com o Estado democrático de direito. Uma lei não pode retroagir para punir. Não é correto mudar a lei no meio do jogo". Pois é: cada cabeça uma sentença.
Sua conclusão aí está: "O Brasil deu um passo adiante, independente se favoreceu A, B ou C." Sem pressa, Vaccarezza argumenta que a situação “ficaria pior para a democracia se permanecesse alguém que não está embasado no arcabouço jurídico".
Não custa nada lembrar nesta libertária e acolhedora Casa da Mãe Joana que no alfabeto citado pelo petista, se formos adiante encontraremos JB, não o uísque, mas o também popular senador Jader Barbalho (PMDB/PA)
Outra pergunta: o Congresso Nacional, no caso o Senado Federal, não pensa em cassar o mandato de Jader Barbalho ou a chamada ficha limpa ficou inválida com a decisão do STF?
E se não fosse só isso, ainda tenho que ver e ouvir jovens comentaristas na televisão que Jader Barbalho é mais experiente do que a candidata que foi empossada anteriormente.
Há situações na vida de um homem que só bebendo. Pode ser até um JB, o legítimo.
(Carlos Eduardo Behrensdorf – Brasília)
A Casa da Mãe Joana - II
Jornalismo
Por Carlos Eduardo Behrensdorf - Brasília
Pode me chamar de asessor administrativo.
A jornalista (ou assessora administrativa?) Izabela Vasconcelos do site Comunique-se fez uma excelente matéria, mostrando que nem sempre aquilo é o que parece ou que parece mas não é.
“A Folha de S.Paulo registrou dois jornalistas como assessores administrativos. A informação foi confirmada pelo vice-presidente do Comitê de Imprensa do Senado, o jornalista Fábio Marçal, que também é membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.
O Comunique-se teve acesso aos documentos que comprovam a irregularidade na contratação dos jornalistas. Nos dados, o jornal alega que o registro como assessor administrativo é uma norma da empresa. “Eu não sei se eles fazem isso pra fugir do sindicato ou pra burlar a legislação, é um absurdo”, contestou Marçal.
O jornalista enfatiza que apenas os dois casos se tornaram conhecidos, mas acredita que outros profissionais já tenham passado pela mesma situação.
Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Lincoln Macário Maia, a situação é absurda. “É um absurdo. É uma demostração de que veículos como a Folha são muito apressados em denunciar irregularidades, mas não prestam atenção no que acontece debaixo do seu nariz”, afirmou.
Maia lembrou do caso de outra empresa, que segundo ele, também já cometeu a mesma irregularidade. “A Bloomberg também tenta disfarçar suas contratações de jornalistas. Essas ‘inovações’, formas toscas disfarçadas de sofisticação, precarizam a profissão”, declarou. A Bloomberg não se pronunciou contra a acusação.
Deputado critica contratações
Há uma semana, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), autor da PEC que pede a volta da exigência do diploma de jornalismo para atuar na profissão, foi informado da irregularidade na Folha, e protestou. Segundo ele, que também é jornalista, irregularidades já eram cometidas em muitos veículos, mas tendem a aumentar. “É uma sinalização clara de que o fim do diploma levará à precarização da profissão”, afirmou.
Folha nega irregularidade
Procurada pela reportagem, a Folha negou as irregularidades e afirmou que todos os profissionais são registrados de acordo com a função que exercem. Segundo o jornal, as carteiras de trabalho poderiam estar desatualizadas. No entanto, os documentos que o Comunique-se teve acesso foram redigidos este mês.
A Casa da Mãe Joana – III
A força da Hollywood brasileira
Por Carlos Eduardo Behrensdorf - Brasília
Quem vai ao Congresso terça, quarta ou quinta feira encontra notícia à vontade. Pois foi só a Rede Globo de Televisão mostrar no Fantástico as reportagens sobre a exploração de menores e maiores no chamado turismo sexual em estados nordestinos (Ceará, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e a Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos Deputados aprovou a realização de um Seminário para discutir o combate ao turismo sexual no Brasil.
O que se sabe é que o Seminário, que será feito em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Surgiram os nomes daqueles que serão convidados: os ministros do Turismo, Pedro Novais, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, além das Secretárias de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, e de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o presidente da Embratur, Mário Moysés.
Os secretários de Turismo dos estados do Rio Grande do Norte, de Pernambuco, do Pará e do Ceará também serão convidados.
Por sugestão do agora deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), representantes da Polícia Federal, do Ministério Público e da Vara da infância e Juventude serão convidados a participar.
Já que o assunto envolve tantas autoridades, por que a bússola não aponta também para o Sul?
(Carlos Eduardo Behrensdorf – Brasília)