Pé-frio, Barack Obama assistiu ontem, ao lado de jornalistas, a derrota dos Estados Unidos diante da Suíça. Pelo menos ele teve coragem de mostrar a cara. Aqui, no Brasil da Silva, há quem esteja na espreita para sair da toca. Obama pode ser acusado de pé-frio, mas não de medo e hipocrisia.
CHÁ DE SUMIÇO
Enquanto vai a barca e corre a Copa de Rico que adoça o nosso bico, os deputados e senadores tomaram chá de sumiço. Eles vão "trabalhar" apenas quatro dias no período de agosto e setembro. E isso por acaso é notícia? O bom para a democracia - se democracia de verdade o Brasil da Silva tivesse - é saber o quanto eles não fazem falta alguma a esta nação. Se alguém aí notou alguma diferença por causa da gazeta dessa pandilha, favor não perder tempo em mandar notícias. Alguém precisa trabalhar nesse país.
PELAS RUAS DE BRASÍLIA
Pela primeira vez na vida, Zé Dirceu começa a trabalhar. Vai cumprir expediente diurno, sem bater ponto, na biblioteca do escritório do advogado companheiro Gerardo Grossi. À noite, ainda por algum tempo, Dirceu vai dormir na cadeia pagando os crimes de corrupção e formação de quadrilha. As ruas de Brasília, nesses tempos bicudos, já não são mais as mesmas.
ATÉ AO DIA 15
Até o dia 15, na dura lex, Joaquim Barbosa continua sendo o presidente do Supremo Tribunal Federal. É naquele dia que o decreto de sua aposentadoria será publicado. No dia 16, para gaudio dos companheiros aflitos, Ricardo Lewandowski bota a Casa sob nova direção.
E O LEGADO?
Porto Alegre viveu ontem, mais que um glorioso dia de despedida da Copa das Copas, o primeiro dia do fim da segurança garantida de suas ruas, praças, jardins e logradouros. O povo já sente que segurança não é, certamente, um dos legados da Copa. Triste é saber que a população sente falta de cavalarianos, coturnos, policiais armados até os dentes em cada esquina da cidade.
CASA VAZIA
Pois ontem foi terça-feira. Dia de expediente normal de trabalho. Sabe lá você, quantos deputados estavam trabalhando ontem na Câmara Federal? Nenhum. E o Brasil não explodiu, não desmoronou, nem nada.
SARKOZY É FRANCÊS
E então, o ex-presidente francês Sarkozy foi preso para prestar depoimento, explicar e justificar denúncias de ter se valido de "informações privilegiadas" e "tráfico de influência". Tudo igualzinho ao que acontecia aqui, em São Paulo, no escritório da Presidência chefiado pela então segunda-dama da República, Rosemary Noronha, hoje jogada ao ostracismo até mesmo pelo seu mais íntimo companheiro de atividades, Lula da Silva. Por acaso, Lula é um ex-presidente, como Sarkozy. Mas Sarkozy é francês. A Justiça que o prendeu é a da França.
COMO PEGAR A TAÇA
Felipão diz que contra a Colômbia vai mudar o jeito de jogar da sua seleção. Quer que Oscar e Hulk se movimentem mais no meio de campo. Tudo bem, mas se esses movimentos não forem todos na direção de Neymar, os colombianos já estão pensando em como fazer para pegar a taça das mãos de Dilma Vana.
VARREDURA DE PAUTA
As manifestações de rua estão acontecendo. Apenas são abafadas e varridas da pauta das coberturas jornalísticas que exercem a liberdade de expressão sob estrita liberdade do patrão que não é maluco nem nada para rasgar o dinheiro. Ainda mais quando esse dinheiro é da propaganda que paga seus empregados e garante a sobrevivência dos mecanismos antigos e carcomidos de comunicação, hoje em extinção diante do poder da webmedia, das redes sociais, da informação virtual, ainda sem o jugo da governança que lulistas e dilmistas querem aplicar nesse país.
PEGUE E ESPALHE
Omissão e exercício inadequado do dever de diligência
Pegue essa aí. Pegue e não largue, por favor. Mesmo que você ache que tudo vai dar em nada. Mas pegue e espalhe. Está no jornal Estado de São Paulo, edição de ontem, terça-feira de Copa no Brasil que "Relatórios do TCU pedem devolução de US$ 873 milhões por Pasadena".
Os auditores solicitam - pena que só podem solicitar e não exigir - ressarcimento por parte de diretores da Petrobrás envolvidos diretamente na compra da refinaria nos EUA.
E, pasmem, um dos pareceres responsabiliza a president@ Dilma Vana na negociata pelo que chama de "ato de gestão ilegítimo e antieconômico". Dizem ainda que houve "omissão" e "exercício inadequado do dever de diligência". Tá bom assim, ou quer mais?
Se não está bom assim, também não precisa mais nada. Basta saber que, em 2006 quando foi cometido o cambalacho, Dilma Vana era ministra da Casa Civil do governo Lula da Silva e, como se não fosse o bastante, era a president@ do Conselho de Administração da Petrobrás.
Tá bom, assim? Então, vamos todos voltar à Copa de Rico que , para seu bico, nesta sexta-feira tem jogo contra a Colômbia.
Ah, só para que você não perca as contas: hoje, o dólar está a R$ 2,21 no câmbio normal, isso dá aos US$ 873 milhões o valor brasileiro de R$ 1.929,33. Dá isso, mas não dá em nada. Nem sequer impeachment, quanto mais cadeia.