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Zé Sarney pegou a família num fim de semana e se mandou para a sua ilha de Curupu que fica a um pulinho de São Luiz, mas que para se chegar lá é preciso saber voar, ou nadar muito, se não filar um iate ou uma dessa embarcações da Marinha brasileira, sempre à disposição de republicanos de alta linhagem da politicalha nacional.
O que se tira de um barraco desses é que Sarney - apesar de todos os poderes que açambarcou, de toda fortuna que acumulou, de todos os marimbondos que escreveu - continua sendo um reles chinelão, um pé-rapado, um bagaceirão, lhegalhé, ralé, mequetrefe, um gentalha, um escória, um delinquente contumaz que, ao amparo dos grampos da lei, finge não ter condições de se locomover às próprias custas, só para valer-se da coisa pública como se fosse sua privada, como sempre foi do tamanho e feitio de sua carantonha deslavada.
Sarney é um raposão desses bem bagaceiras que, depois de se adonarem das uvas e beberem todo o seu suco levam o bagaço para o galinheiro da nação para promover a maior, a mais escrachada e impune galinhagem.
Para esse tipo de "pessoa não-comum" sempre acima da lei e da ordem, do bem e do mal, não há dinheiro, não há cargo público, não há gravata, nem colarinho branco que lhe empreste dignidade.
Esses sarnentos que tomaram conta do Brasil sempre serão uns tristes e abjetos exemplares de "autoridade" precisando de mais um helicóptero pago pelo povo. É disso que eles vivem. É só pra isso que eles servem.
RODAPÉ - O helicóptero de propriedade do Moinho São Jorge, em que viajavam o deputado Ulysses Guimarães, sua mulher Mora, o ex-senador Severo Gomes e sua mulher, Ana Maria Henriqueta, pilotado por Jorge Comeratto, caiu no mar, na tarde do dia 12 de outubro de 1992, próximo a Parati, durante uma tempestade. Todos faleceram. Os corpos encontrados apresentavam múltiplas fraturas, causadas pelo impacto do aparelho com a água. Os dois casais haviam passado o fim-de-semana prolongado na casa cedida pelo empresário Luiz Eduardo Guinle, no condomínio Portogalo, em Angra dos Reis.
MORAL DA HISTÓRIA - Como se vê, pessoas não-comuns andam de helicóptero porque, como os reles mortais, as autoridades ainda não sabem voar.