Faz mais de mil anos. Ainda nem tinham descoberto o Brasil e a República do ABC já tramava contra o povo. Era quase inofensiva, até que chegou ao poder.
Foi então que seu líder, um baixote esperto, virou soberano e implantou a ditadura simpática - mais simpática que a de Getúlio Vargas, outro gordinho que o trem não pegava; uma ditadura dissimulada imposta gradativa e paulatinamente pela "estratégia de coalizão pela governabilidade".
Foi o fim do sonho democrático. O pequeno ditador repartiu o país em propriedades e, como se dele fossem, ele as vendeu para quem só poderia comprá-las com moeda das burras públicas.
A coalizão do baixote decretou a morte do principal preceito da democracia que diz que "todo poder emana do povo e em seu nome será exercido".
Os governos do simpático tirano Nº 2 lotearam o Brasil. O povo está confinado às fronteiras demarcadas pelos lhegalhés da nova elite nacional; o povo é refém de grupelhos corrompidos que des/mandam nos poderes constituídos - Executivo, Legislativo e Judiciário - des/mandam no 4º Poder amestrado e deitam e rolam nos demais mecanismos de defesa da população.
País que tem um Executivo que não executa nem mesmo os PACs que inventou; e, de quebra, tem os ministérios que abundam por aí; que tem um Judiciário que leva seis anos para julgar um Ali Babá e seus 40 Mensaleiros; que tem um Congresso presidido por um Marimbondo de Fogo e similares, não precisa de um novo Stálin, outro Hitler ou um carcomido Fidel Castro. Já é uma ditadura e já tem o seu ditador. Um ditador pior que os outros, não apenas por sua natureza despótica, mas por sua covardia e dissimulação.
A mentira com todas as suas faces - o cinismo, o engodo, o simulacro, a hipocrisia - é para um país ainda Cristão a pior e a mais abjeta face do pecado mortal - aquele que leva aos quintos do inferno. Mas grandes coisas. Ninguém mais no Brasil tem vergonha nem medo de ser feliz à custa dos crédulos. O diabo é brasileiro.