Rafael Nadal é o Messi Espanhol das quadras de tênis. Claro, tem mais títulos que o baixinho que deixou a Argentina pra lá e foi ser craque na Catalunha. É natural, o tênis é uma modalidade quase individual; deixa de sê-lo quando é jogado em duplas.
O cara é o maior tenista de todos os tempos. E qual é o seu segredo? O Sanatório da Notícia já lhes conta: é a reza forte que faz parte da liturgia dos seus lances - saques ou devoluções.
Fique, como nós, na frente da TV assistindo Nadal vencer, jogo após jogo, torneio após torneio e você também verá.
Seu êxito está no ritual. Invariável e obstinadamente, ele faz um sinal em cruz espúrio e desleixadamente irreverente. Sem, qualquer maldade, só por pura convicção:
Primeiro leva a mão direita - ele joga com a canhota - aos fundilhos, ajeita a cueca ou coisa que o valha; depois leva a mão e o que resta daquele gesto, ao nariz; em seguida a destra vai à orelha esquerda, logo chega à direita e assim, devidamente persignado, está pronto para o saque, ou para a recepção... Para o que der e vier.
No nosso tempo isso era cacoete. Para Nadal é, mais que superstição, a oração dos vencedores. Rafael Nadal é o primeiro tenista do mundo, graças a sua fé inabalável. Contra Rafael Nadal, ajoelhou tem que rezar. Seu segredo é esse metódico sinal da cruz estilizado. Acredite quem quiser.